O presidente Bolsonaro
vem sendo aconselhado a livrar-se de alguns Ministros, notadamente Ricardo
Salles, do Meio Ambiente. Embora conte com o apreço do presidente - e do núcleo
ideológico - ele é considerado problemático por integrantes do próprio governo
e visto como entrave para o avanço de acordos comerciais internacionais.
Segundo consta, nesse contexto, o
presidente deverá ser visitado em muito breve por importante representante
norueguês. Como se sabe, a Noruega, dentro da política médio-ambiental, tem mostrado
muito desconforto com a involução da posição do atual governo do Brasil no que
tange à defesa do meio ambiente na Amazônia. Notadamente, as recentes e gigantescas
queimadas que devastaram ulteriores parcelas dessa importante região, agravaram
não só as preocupações da Noruega quanto ao futuro da floresta Amazônica, mas também a levaram a
considerar as suas inversões no passado e no presente, que sempre foram tendentes
a respaldar o interesse do Reino nórdico na preservação desse verdadeiro
pulmão da Humanidade. Tendo presente as considerações acima, alto
representante do Reino nórdico deverá entrevistar-se em breve com o presidente
Jair Bolsonaro.
Diante das somas depositadas no
passado - bem como no compro-metimento do Reino norueguês na defesa da Hiléia
amazônica - esse alto representante do governo nórdico tem por missão comunicar ao Chefe da Nação
brasileira que a existência de fundos substanciais depositados pressupõe o
empenho do Brasil na defesa da preservação da Amazônia. Sendo incompatível com
o esforço de Oslo nesse sentido, o alto representante do Reino desejaria
significar que eventual mudança de orientação de Brasília levaria
necessariamente a que tais fundos sejam retirados de sua atual desti-nação,
visto que não faria qualquer sentido que tais substanciais montantes - que espelham
o interesse e o empenho do contribuinte
norueguês na manutenção desta região florestal privilegiada no que tange ao
clima e ao condicionamento de melhores condições ambientais para a atmosfera
terrestre - possam vir a ser desvirtuados
por eventual orientação tendente a ruinoso desmatamento, em que se manifestaria
molesta contraposição entre as in-versões de boa fé do Reino da Noruega,
voltadas para a preservação da Hiléia amazônica e a aparente contradição com política
que à primeira vista se afasta do objetivo maior dos esforços da comunidade
internacional e, por conseguinte, do próprio Brasil, na defesa do espaço
amazônico haja vista não só os investimentos da Noruega, tendo presentes contribuições
mate-riais prestadas pela Amazônia enquanto virtual pulmão do planeta.
( Fonte: O Estado de S.
Paulo )
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