O
professor do Instituto de Estudos Sociais e Políticos da UERJ, Christian Lynch
diz que os militares que estão no governo enfrentam a a apreensão do Alto
Comando, "que não vê com bons olhos a exploração da imagem do Exército
pelos Bolsonaro". No seu entender, os militares estão "enxugando
gelo".
Por outro lado, a atmosfera criada pelo
errático Bolsonaro vai engendrando uma situação de difícil sustentação. A própria
ideia, em um cenário como este, de que o impossível pode acontecer, como
sugerido por colunista de O Globo, tende a de certa maneira a empurrar a
Oposição, que em geral tende a ser dúbia no que tange a tal movimento.
Assim, com o tempo, a Oposição
parece ter aprendido que a estratégia de "vamos deixar o presidente
sangrando" embute alto risco e afinal não funcionou com o petista Lula.
Agora PSB, PDT, PV, Rede e
Cidadania decidiram lançar o movimento "Impeachment Já !", pelo
afastamento de Jair Bolsonaro. Nesse
sentido, Carlos Siqueira, presidente do PSB justifica: "O presidente da
República prega diariamente ideias antidemocráticas, ataca o Supremo, o
Congresso, a Imprensa e cria um clima de instabilidade no País. A quem
interessa esse ambiente?"
Mas a senda do impeachment, que nos tem livrado de maus
presidentes, depende de condições especiais e de uma dinâmica própria. Depende
não da pessoa, mas das circunstâncias e eventuais agravantes. A tal respeito, é
importante ter-se presente que o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (Dem) que
teria cerca de quarenta pedidos de impeachment
de Bolsonaro na gaveta, tem dito a aliados que não pretende aceitar tais
pedidos, que estão sobre sua mesa, mas
não exclui que possa vir a aceitar outros...
(
Fontes: O Globo e O Estado de S. Paulo )
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