A
revista Época, datada de 22 de junho
corrente, dedica a sua principal reportagem à chamada 'Terra Arrasada', que é a situação do Meio Ambiente
sob a gestão Bolsonaro.
A
matéria trata da tragédia médio-ambiental em que se transforma o Brasil,
confiado ao governo de Jair Bolsonaro, e é aí que entra a sanha contra a
Amazônia.
A
filosofia imperante está precipuamente por conta do ministro "competente",
que é a daquele senhor que, na famigerada reunião ministerial que pôs as
manguinhas de fora da Administração Bolsonaro, disse - para os consternados
ouvidos da Nação brasileira - ser hora de passar a boiada ou cousa do gênero,
aproveitando-se, dessarte, da suposta desatenção da opinião pública, enquanto tais
senhores cuidam não dos interesses do Brasil, mas de outras questões contrárias
às políticas até então seguidas pelos governos precedentes, que, por meio de
ministros que seguiam a boa cartilha de Marina Silva, e, por conseguinte,
estavam empenhados na defesa do meio
ambiente, da mata Atlântica e da Amazônia, em especial.
Com
Bolsonaro a coisa mudou e muito, pois seguem uma diversa cartilha que leva ao
Saara, pois quem ativa queimadas e bandidagens do gênero, ou o faz por burrice
e estupidez contumaz, ou segue a pulsões pouco recomendáveis que não se
desvelam facilmente.
A maravilhosa Amazônia, que o grande barão Alexander von Humboldt (1769 - 1859) divulgara ao mundo de então, no século XVIII, pela sua célebre viagem
para a Amazônia e outras terras, então apenas conhecidas, das Américas do Sul e
Central, nas primícias daquele século de
luzes, corre hoje enorme perigo, como o desvelam a cobertura dos
radares.
A Amazônia é o pulmão do mundo, e quem deseja transformá-la em um vastíssimo areal, a que, por Deus se propõe? Desrespeitar a política brasileira seguida por todas as Administrações do passado ? Se elas, como é fato, tiveram por princípio defender não as conveniências de madeireiros, mas sim o interesse do Brasil?
Como não conscientizar-se que será sobretudo penoso ter de lidar com esse novel tipo de gente, cujo manifesto e
estulto escopo levaria aos desertos da África do Norte, terras antes recobertas de
matas verdejantes, e hoje transformadas, por um misto de ignorância e estulta
cobiça, na indigente aridez e na inutilidade de imensos desertos?
Resulta assaz difícil crer na eventual boa fé dessa novel gente, ou então estamos na terra de Cervantes, com o seu herói de lança em punho, a perseguir o que o pobre diabo pensa serem terríveis gigantes ? Caiamos na realidade, porque a alternativa ou é a quixotesca loucura ou o menosprezo do mundo, diante de um tal ignaro e ignavo desperdício de riqueza, que a mim e a muitos outros patriotas brasileiros custa sequer conceber seja por Deus possível ?
( Fontes: Época - Terra arrasada; Reunião Ministerial,
liberada por decisão do STF)
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