O Brasil está dando ao
mundo uma lição às avessas. Enquanto muitos países fruem do benefício de visão
responsável em relação à pandemia, a governança no Brasil - como em São Paulo e,
sobretudo, no Rio de Janeiro - vem prestando um exemplo às avessas em termos de
combate à pandemia.
Ao invés de obedecer à lição transmitida por inúmeros países, que não se apressam - hoje que seria estultamente
já pelos exemplos recolhidos - irresponsavelmente muitas autoridades do Brasil
têm pressa em pôr para trás a peste do coronavírus, o que é resposta mais do
que tola, e, na verdade, irresponsável.
Assim, o incrível prefeito do Rio
de Janeiro - e outros mais, em S. Paulo - pensam já chegado o tempo de amainar
as velas no combate à pandemia. Esses apressados não querem esperar o momento
azado, quando a epidemia para de crescer. Não adianta tenta forçar os tempos.
Há de esperar-se para que ela perca força, e pare de crescer. De nada serve,
querer forçar os tempos da onda de contágio.Ela só pode ser controlada, enquanto
a onda maldita mostra sinais de autêntica regressão.
Como numerosos países nos
ensinam, essa inflexão quando tomada no momento azado, que é quando os números
do contágio se detêm, que soa a hora do fechamento das comportas da morte, para
que afinal a pandemia não continue a grassar impunemente, e por um movimento
físico ela afinal seja controlada, cortada enfim a sua capacidade de envenenar
a população com o movimento maldito da cofid-19.
É uma questão de tempo e
responsabilidade. Infelizmente, os gestores do Rio e São Paulo têm pressa. Isso é tudo que eles não deviam exibir diante
da progressão da pandemia. Esse avanço maldito tem de morrer paradoxalmente
pela sua própria força. Passado o seu ápice, e iniciada a regressão, é o
momento da autoridade demonstrar a disciplina necessária à população, a fim de
que a peste infernal enfim regrida, retirando-lhe através da negação do contágio,
a possibilidade de que a sua espiral maldita possa por fim ser cortada,
enquanto todo e qualquer contágio lhe é negado. como também a oportunidade de
prover-se de mais vítimas.
Há um velho ditado que
ensina que o apressado (ou o tolo) come cru, por não saber valer-se da hora
certa. É o que estão demonstrando os gestores do município e do estado de S.
Paulo, querendo antecipar tempos, ao invés de ter a sabedoria já exercida em
outros países de colher a hora apropriada, para ao cabo da necessária espera
afinal desfechar o golpe certo para pôr fim à contaminação e assim livrar a
população brasileira desta praga letal.
Seria bom que demagogos
como Crivella não houvessem prematuramente levantado as cancelas em termos de
volta ao normal - vale dizer, no
caso, dar rédeas soltas ao corcel da morte, buscando estultamente terminar
antes da hora as medidas de contenção.
Bolsonaro
irresponsavelmente tirou o Ministro Mandetta da Saúde, e a deixou, na prática, acéfala, pois ora lá colocou um militar como chefe da Pasta !
Vamos ver como
isso vai acabar. Dizem que Deus é
brasileiro. Se o nosso Presidente ignora
os milhares de mortos no Brasil pela pandemia - hoje são 34 mil e 21 - e nessa tétrica corrida somos o terceiro
país no mundo, o que é um atestado pesado para os nossos governantes, em
especial do presidente Jair Bolsonaro, que já saudara no passado a progressão macabra com um E daí
? anti-comentário que me recuso sequer a descrever no que implica de
humanas consequências.
(
Fonte: O Globo )
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