De uns tempos para cá,
as perspectivas de que o assassínio da Vereadora
Marielle Franco e de seu motorista
Anderson Gomes seja por fim aclarado, com os responsáveis - entre grandes e pequenos - presos e sentenciados começam a luzir com um pouco mais de força.
Outro cúmplice deste mega-crime foi detido: trata-se do bombeiro Maxwell Simões Correa que teria atrapalhado "de maneira deliberada" as investigações e se soma a outras quatro pessoas já denunciadas pelo mesmo motivo.
De acordo com as investigações, em
13 de março de 2019, um dia depois das prisões dos ex-policiais Ronnie
Lessa e Élcio de Queiroz, presos na condição de autores dos
crimes, Maxwell e os outros quatro
ajudaram a ocultar armas de fogo e acessórios que pertenciam a Lessa. Os
objetos se achavam armazenados em apartamento no bairro do Pechincha, zona
Oeste do Rio, utilizado pelo ex-policial e também em locais ainda
desconhecidos.
Segundo o Ministério Público, Maxwell cedeu um veículo, entre
treze e catorze de março de 2019, para Lessa guardar o vasto arsenal bélico - o
qual depois seria descartado em alto-mar, próximo da Barra da Tijuca.
Além do mandato de prisão, a
operação batizada de Submersus 2
cumpriu mandados de busca e apreensão em 10 endereços na cidade do Rio de
Janeiro, ligados a Maxwell e aos outros quatro investigados, os quais foram
presos durante a Submersus."A
obstrução de Justiça praticada pelo denunciado, junto aos outros 4 denunciados,
prejudicou de maneira considerável as investigações em curso e a ação penal
deflagrada na ocasião da operação 'Submersus',
na medida em que frustrou cumprimento de ordem judicial, impedindo a apreensão
do vasto arsenal bélico ali ocultado e inviabilizando o avanço das
investigações", ressaltou o Ministério Público.
Ao jornal O Globo, o delegado Antônio Ricardo Lima Nunes, titular do Departamento Geral de
Homicídios e Proteção à Pessoa (DGHPP),
disse que espera prender ainda neste ano os mandantes do assassínio da
vereadora e de seu motorista.
O delegado acrescentou uma outra
observação sua: segundo ele, não há
participação da família Bolsonaro no crime. "Não temos indício dessa
família no caso. Temos certeza de que não há participação", declarou.
(
Fonte: O Estado de S. Paulo )
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