quinta-feira, 11 de junho de 2020

Afinal luz no assassinato de Marielle


                 
        De uns tempos para cá, as perspectivas de que o assassínio da Vereadora Marielle Franco e de seu motorista Anderson Gomes seja por fim aclarado, com os responsáveis - entre grandes e pequenos - presos e sentenciados começam a luzir com um pouco mais de força.

          Outro cúmplice deste mega-crime foi detido: trata-se do bombeiro Maxwell Simões Correa que teria atrapalhado "de maneira deliberada" as investigações e se soma a outras quatro pessoas já denunciadas pelo mesmo motivo.

           De acordo com as investigações, em 13 de março de 2019, um dia depois das prisões dos ex-policiais Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz, presos na condição de autores dos crimes,  Maxwell e os outros quatro ajudaram a ocultar armas de fogo e acessórios que pertenciam a Lessa. Os objetos se achavam armazenados em apartamento no bairro do Pechincha, zona Oeste do Rio, utilizado pelo ex-policial e também em locais ainda desconhecidos.
              Segundo o Ministério Público, Maxwell cedeu um veículo, entre treze e catorze de março de 2019, para Lessa guardar o vasto arsenal bélico - o qual depois seria descartado em alto-mar, próximo da Barra da Tijuca.

                Além do mandato de prisão, a operação batizada de Submersus 2 cumpriu mandados de busca e apreensão em 10 endereços na cidade do Rio de Janeiro, ligados a Maxwell e aos outros quatro investigados, os quais foram presos  durante a Submersus."A obstrução de Justiça praticada pelo denunciado, junto aos outros 4 denunciados, prejudicou de maneira considerável as investigações em curso e a ação penal deflagrada na ocasião da operação 'Submersus', na medida em que frustrou cumprimento de ordem judicial, impedindo a apreensão do vasto arsenal bélico ali ocultado e inviabilizando o avanço das investigações", ressaltou o Ministério Público.

                   Ao jornal O Globo, o delegado Antônio Ricardo Lima Nunes, titular do Departamento Geral de Homicídios e Proteção à Pessoa (DGHPP), disse que espera prender ainda neste ano os mandantes do assassínio da vereadora e de seu motorista. 

                   O delegado acrescentou uma outra observação sua: segundo ele, não há participação da família Bolsonaro no crime. "Não temos indício dessa família no caso. Temos certeza de que não há participação", declarou.

( Fonte: O Estado de S. Paulo )         

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