As
pesquisas de boca de urna no Reino Unido indicam que o Primeiro Ministro Boris
Johnson deve obter maioria no Parlamento britânico.
Na
confusão política que reina na mãe de todas as democracias, essa vitória
contrasta dramaticamente com o fracasso anterior de sua antecessora Theresa May, que convocando então novas
eleições viu-se sem maioria, vendo-se forçada a aliança com pequeno partido da
Irlanda britânica.
Desta
feita, se o cômputo dos votos confirmar afinal o premier Johnson com a ansiada supremacia em Westminster, estaria
aberto novo cenário para o Brexit.
Poder-se-ia
acaso excluir, no entanto, que a sua confirmação
nas urnas venha a varrer as muitas dificuldades que ainda o aguardam, quais
salteadores de estrada, nesse tortuoso caminho que já colhera uma vítima
inocente no Parlamento e que ainda promete muitas surpresas e talvez alguns
dissabores para o reforçado primeiro ministro, quem com o seu fotogênico cachorrinho,
deverá ora enfrentá-los, em toda a magna, quem sabe inútil confusão, que foi
legada por seu já distante e meio esquecido antecessor, o hoje aposentado David Cameron, que pensara livrar-se de
incômoda reivindicação de mais um plebiscito sobre a União Europeia, com outro
referendo...
Talvez
sem o saber, varreu do horizonte o sonho de afinal libertar a velha Albion de
um anacrônico isolamento. E o que mais confrange é que esse suposto ideal seja
por fim partilhado por gerações de aposentados, enquanto a renovada
insularidade nega aos jovens as promessas do Continente, que muitos
pensaram entrever além dos white cliffs
of Dover ?
(Fonte:
O Globo )
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