terça-feira, 3 de dezembro de 2019

China proíbe escala de navios americanos em Hong Kong


   
       A Chancelaria chinesa anunciou, a dois de dezembro, a proibição à visita de navios e aviões militares americanos a Hong Kong. Trata-se de retaliação disfarçada à  lei aprovada pelo Congresso estadunidense, e firmada por Trump, que apoia os manifestantes de Hong Kong, já há quase seis meses no território.
          Também no mesmo sentido de retaliação, Beijing anuncia sanções a várias ONGs americanas a quem acusa falsamente  de encorajar "atos extremistas, violentos e criminosos".
           Ratificada por Trump na quarta-feira, a Lei para a Democracia e a Defesa dos Direitos Humanos em Hong Kong, exige que o Departamento de Estado certifique-se anualmente de que a ex-colônia britânica tem autonomia suficiente para justificar os termos comerciais favoráveis que a levaram a consolidar-se  como um centro financeiro mundial. A medida também prevê sanções em casos de violações de direitos humanos.
           Nesse contexto, o governo chinês já tinha alertado que a legislação estadunidense teria "consequências negativas".
           A reação chinesa constitui modelo aperfeiçoado da hipocrisia com que timbra em buscar defender-se contra reações aos atos respectivos de desrespeito aos direitos humanos. Nesse sentido, a resposta de Hua Chunying, porta-voz da Chancelaria é um primor de desfaçatez : "Fazemos  um apelo para que os Estados Unidos corrijam seus erros e parem de interferir  em nossos assuntos internos. A China tomará medidas extras, caso necessário, para manter a estabilidade e a prosperidade de Hong Kong e a soberania chinesa - disse o porta-voz da Chancelaria, Hua Chunying, em entrevista coletiva.


( Fonte: O Globo )         

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