A Chancelaria chinesa
anunciou, a dois de dezembro, a proibição à visita de navios e aviões militares
americanos a Hong Kong. Trata-se de retaliação disfarçada à lei aprovada pelo Congresso estadunidense, e
firmada por Trump, que apoia os manifestantes de Hong Kong, já há quase seis
meses no território.
Também no mesmo sentido de
retaliação, Beijing anuncia sanções a várias ONGs americanas a quem acusa falsamente de encorajar "atos extremistas, violentos
e criminosos".
Ratificada por Trump na
quarta-feira, a Lei para a Democracia e a Defesa dos Direitos Humanos em Hong
Kong, exige que o Departamento de Estado certifique-se anualmente de que a
ex-colônia britânica tem autonomia suficiente para justificar os termos
comerciais favoráveis que a levaram a consolidar-se como um centro financeiro mundial. A medida
também prevê sanções em casos de violações de direitos humanos.
Nesse contexto, o governo chinês já
tinha alertado que a legislação estadunidense teria "consequências
negativas".
A reação chinesa constitui modelo
aperfeiçoado da hipocrisia com que timbra em buscar defender-se contra reações
aos atos respectivos de desrespeito aos direitos humanos. Nesse sentido, a
resposta de Hua Chunying, porta-voz da Chancelaria é um primor de desfaçatez :
"Fazemos um apelo para que os
Estados Unidos corrijam seus erros e parem de interferir em nossos assuntos internos. A China tomará
medidas extras, caso necessário, para manter a estabilidade e a prosperidade de
Hong Kong e a soberania chinesa - disse o porta-voz da Chancelaria, Hua
Chunying, em entrevista coletiva.
(
Fonte: O Globo )
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