Israel caminha para a terceira eleição
em menos de um ano. Os eleitores
israelenses foram às urnas em abril e em setembro. Em ambas as ocasiões o Likud
de Netanyahu e o Azul e Branco, do general Benny Gantz não tiveram condições de
formar a maioria mínima de 61 deputados
para constituir gabinete com maioria (em um total de 120). Por isso, os israelenses
foram às urnas em duas eleições - em abril e depois em setembro. Ambos os
partidos majoritários estabeleceram que a próxima campanha seja rápida, e termine
antes da festa judaica de Purim. Para os otimistas, um acordo é possível e que
Netanyahu e o general Gantz consigam se entender e formar um gabinete de
coalizão.
Para um acordo, as condições do general
Gantz são claras: Netanyahu, indiciado por crimes de corrupção, deve
comprometer-se a não solicitar imunidade legal ou recusar ser o primeiro dos
dois líderes a governar. O premier israelense, no entanto, não aceita as
exigências de Gantz e pede ao general que desista de ser o primeiro a liderar o
gabinete em caso de um acordo.
O tertius
entre os dois rivais é o ultranacionalista Avigdor Liebermann, líder do partido
Yisrael Beiteinu. Nessa salada de recusas, ele não aceita formar um governo
com os partidos árabes - que apóiam Gantz - e ainda por cima, rejeita aliança com
os partidos religiosos - que estão com Netanyahu...
Os eleitores israelenses estão
receosos com o fato de terem de ir pela terceira vez às urnas. Desta feita, no
entanto, as pesquisas sinalizam que o impasse pode desfazer-se, com vitória
apertada de Gantz por 37 a 33, ou ainda menor, de 35 a 33.
A terceira força na eleição parece
ser a aliança dos partidos arabes, a
Lista Unida, que obteria treze vagas no Knesset.
As três eleições custarão US$ 3,5
bilhões aos cofres públicos...
( Fonte: O Estado de S.
Paulo )
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