sábado, 28 de dezembro de 2019

Aval de Toffoli a Bolsonaro para juiz de garantias


                  

         O juiz de garantias, essa estranha ideia do Legislativo, contraria quem como o Ministro Sérgio Moro não teve aceita pelo Presidente Jair Bolsonaro a sua opinião baseada na sua notável experiência como Juiz de Primeira Instância - de resto o emblemático representante da  Lava Jato, que foi pelo seu aporte e respectivo significado na luta contra a corrupção convidado pelo Presidente para assumir o ministério mais importante, que é o da Justiça, dele não recebeu o esperado apoio no sugerido veto à criação do Juiz de Garantias.

          Ainda a esse propósito, como esclarece em primeira página o Estado de S. Paulo, o atual presidente do Supremo e, por conseguinte, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Dias Toffoli afirmou ontem, 27 de dezembro corrente, que deu aval ao presidente Bolsonaro para a aludida criação do juiz de garantias, acrescentando, sem embargo, que não interferiu na decisão do Presidente.

            Como é notório, a sanção da medida em tela contrariou  o Ministro da Justiça,  Sérgio Moro, que vê dificuldade para colocá-la em prática.

             Sem embargo, segundo afirmou Toffoli ao Estado de S. Paulo "Fiz chegar (ao Planalto) que era factível e possível implementá-la." O presidente do STF entende que o dispositivo que divide a condução e o julgamento do processo entre dois juízes não retroage para casos em andamento nem atinge tribunais superiores.
              Dessa forma, segundo explicita a nota em primeira página do Estadão, não alcançaria, por exemplo, as investigações que têm Flávio Bolsonaro como alvo e preservaria a relatoria da Lava Jato com o ministro (do STF) Edson Fachin . Dessarte, "o surgimento dessa figura deve valer para a primeira instância e processos futuros." Ainda o presidente Toffoli avalia que a implementação deva levar seis meses.

             Marcando o próprio dissenso, o juiz Moro, segundo o Estadão, foi às redes sociais questionar a criação do juiz de garantias. "Leio que nas comarcas com um juiz, 40% do total, será feito 'rodízio de magistrados'. Para mim, isso é um mistério", escreveu ele.


( Fonte: O Estado de S. Paulo )

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