domingo, 15 de dezembro de 2019

Fóssil Colossal


                                       

       Em termos de imagem, conforme sublinha a respeitada colunista Eliane Cantanhêde, do Estado de S. Paulo, "não se pode dizer que 2019, primeiro ano do governo Jair Bolsonaro, tenha sido positivo para o Brasil no exterior."

        Assim, como refere a Cantanhêde, nesta sexta-feira treze de dezembro, em Madri, a Conferência do Clima da ONU (COP) conferiu ao Brasil o prêmio "Fóssil Colossal", que, como o próprio nome diz, é uma ironia com os piores desempenhos na proteção do meio ambiente. Segundo assinala a colunista, isso é dramático, "porque o Brasil despencou de um extremo a outro: de líder mundial de proteção para alvo de chacota."

           Nessa mesma sexta-feira treze, a prestigiada revista Nature incluíu o professor Ricardo Galvão entre os cientistas do ano. E quem vem a ser?  O presidente do Inpe que foi demitido e humilhado publicamente depois de Bolsonaro achincalhar os dados do Instituto sobre desmatamento. E, veja bem, os novos dados coletados pelo próprio governo confirmaram depois o quanto o Inpe estava certo.

             E não ficou só nisso.  Eis que o Presidente bateu boca num dia com a ativista adolescente Greta Thunberg - a quem chamou de "pirralha" e no dia seguinte, ela surgiu, toda poderosa, como personagem do ano e da capa da revista Time.  A esse propósito, a Cantanhêde observa: o presidente bem podia ter passado sem mais essa.

( Fonte: Eliane Cantanhêde, no Estado de S. Paulo )

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