O
Estado de São Paulo, talvez isoladamente na grande imprensa, pode trazer à
baila verdades que tendem a incomodar, porque contrariam assertivas correntes
nos demais órgãos formadores da opinião pública.
Se
talvez o órgão conservador avance um pouco além de o que as realidades tendem a
indicar, no sentido de que se impõe uma visão matizada do Governo Temer, é de crer-se, por outro lado, que face à sua
atuação não é mais crível que se possa dispor da atual administração com o viés
da oposição dos órgãos antes congregados no apoio ao desastroso governo de
Dilma Rousseff.
Forçoso será convir que a ação de Temer tem contribuído para melhorar o nível dos ministros, como é o caso
do Senador Aloysio Nunes (PSDB-SP). Além de ser um bom nome, já tem experiência
de relações exteriores através da presidência da competente Comissão do Senado.
Por
outro lado, a firmeza de Henrique Meirelles e o apoio que tem do Presidente tem
decerto contribuído bastante para a melhoria da situação econômico-financeira.
O
pandemônio do Dilma II - que afastou um grande quadro pelas suas tendências
para a irresponsabilidade - foi apenas a
continuação do Dilma I, que criara com compreensível desvelo o desastre
econômico-financeiro que precipitaria o processo do impeachment.
Se
a popularidade do governo de Michel Temer é por enquanto baixa, como ela não
mais corresponde às condições efetivas e reais da situação presente, salvo
desenvolvimentos imprevistos, a melhoria em termos de apoio popular tenderá a
ser a consequência natural de administração,
que sem ser brilhante, tampouco está no nível projetado pelos rituais Fora
Temer!
Se o governo sobreviver à atual fase processual, a perspectiva tenderá a
ser o progressivo emudecimento dos slogans Fora
Temer!, que passarão previsivelmente à propriedade do PT e da
ultra-esquerda dos grêmios caudatários de uma estrela cada vez mais solitária.
(
Fontes: O Estado de S. Paulo; O Globo )
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