sábado, 11 de março de 2017

Drew desconstrói D. Trump

                              
         Como fiz no passado a poucos grandes artigos em The New York Review - um dos quais foi o de Elizabeth Drew sobre o gerrymander que determina o controle da Câmara de Representantes pelo GOP - parece-me de manifesta oportunidade expor as características de Trump enquanto 45º presidente dos Estados Unidos, relatadas em seu grande artigo.  
         Quando o mais despreparado e impopular presidente-eleito na história moderna prestou o juramento de ofício, a maior parte do país e o mundo pouco intuíam da turbulência e do desconcerto que ele pretendia trazer para o seu trabalho. Não obstante, os que o observaram de perto no passado ano e meio estavam cientes de  que manifestamente ele não estava preparado para tal missão, que está além da capacidade da maioria das pessoas.
         Qualquer um que esperasse ainda surgisse um estadista do candidato bombástico, cru e tagarela estava cultivando ilusões.  E depois da eleição, os americanos tiveram novas provas de que Donald Trump não estava à altura do cargo. Durante a transição, essa realidade se entrevia através das rachaduras na muralha defensiva montada em torno dele pelos seus assessores protetores. O New York Post, a 15 de janeiro, dizia que Trump mostrava muito mais interesse  às trivialidades acerca do planejamento da cerimônia inaugural do que em preparar-se para governar.
        Quando Trump foi empossado, tinha apenas dois ministros de seu gabinete em condições de servir (Obama já tinha nove). Além disso, ele assume a própria missão com poucas conexões políticas: os republicanos mainstream tinham se afastado de sua campanha. Ganharam a confiança de Trump o Vice Mike Pence, o muito conservador e benquisto antigo membro da Câmara de Representantes, que está muito ligado ao também altamente conservador  Speaker, Paul Ryan. Ambos ganharam a confiança de Trump por não parecerem  muito desejosos de cultivá-lo. Assim também procedeu Jeff Sessions, o Senador por Alabama, que foi o primeiro do Senado a apoiá-lo, o que fez durante toda a campanha. Por causa disso, Trump nomeou Sessions como Procurador-Geral, a despeito de que Sessions não tenha revisto as opiniões do Alabama rural sobre raça, além de ser firme opositor da imigração.  Para E. Drew, Pence e Sessions são os principais responsáveis  pela escolha do gabinete mais ideológico  de que se tem memória.  No entanto, quando ele está em terreno fora de suas poucas posições fixas, Trump é curiosamente muito maleável. Sua falta de conhecimento  acerca da grande política, e sua pobreza em conexões políticas o forçam a fiar-se nos conselhos de outros, o que torna ainda mais importante a natureza das pessoas que ele escolheu para ter à sua volta. Foram poucos os que previram a extensão do poder que Steve Bannon, o guru intelectual de Trump e seu principal estrategista, exerceria na Casa Branca.  Bannon é um nacionalista branco da velha direita que como conselheiro sênior  agora ocupa sala a poucos passos do Oval Office.  Ele dá a impressão de ter o dedo em tudo, e Trump reforçou isso ao colocar Bannon no Comitê de Principios do Conselho Nacional de Segurança (de que um assessor político nunca havia sido membro pleno). O New York Times noticiou que Trump ficara zangado  por ele não ter sido "informado plenamente" sobre o decreto que determinara esse papel para Bannon.
                 Além disso, enquanto Bannon se tornou um membro a pleno direito do  CNS, na reorganização  de Trump o diretor das informações (intelligence)  nacionais  e  o presidente (chairman)  do JCS (Chefes Conjuntos de Estado-Maior) foram rebaixados de forma a participar somente de reuniões do CNS  relevantes para as respectivas funções.  Essa modificação pode refletir em parte o ressentimento de Trump com a comunidade de inteligência por dizer que a Rússia tinha interferido na eleição em seu favor, e também por esforços do assessor de segurança nacional, o general reformado Mike Flynn, para preservar a respectiva posição junto a Trump. Flynn, como se sabe, foi afastado  da assessoria de segurança nacional, por mentir para o Vice-Presidente acerca de contatos com o embaixador russo.
                 A par disso, insatisfeito quanto à desordem na sua equipe,  Trump determinou um approach mais hierárquico (que antes não era da sua particular preferência), colocando-a sob a direção do chefe da equipe (staff) Reince Priebus.
                Os principais autores do discurso inaugural  de Trump foram Steve Bannon  e Stephen Miller. Este último é o principal redator de discursos do Presidente e assessor sênior  para política. O que se supõe seja o mais próximo assessor do Presidente,  seu  genro Jared Kushner, partilha de muitas posições radicais de direita de  Bannon. Assim, o velho estamento deve ser quebrado, seja no Congresso, em Washington ou na Europa. Nem Kushner, nem Bannon tem a mínima experiência de governo.
                A despeito do seu suposto populismo - Bannon chegou a compará-lo a Andrew Jackson - Trump não ameaça a classe endinheirada dos Republicanos.  Na campanha, deixou claro que está a favor do corte de impostos para os ricos e para as sociedades anônimas; a classe média, que foi a sua base eleitoral, também ganhará um corte nos impostos, mas muito menor em termos proporcionais. O que é mais importante para os empresá-rios que apóiam Trump é que ele deixou claro que levará um machadão (sledgehammer) para lidar com os regulamentos federais. E ele já começou a fazer retroceder as regras impostas aos bancos pela Lei Dodd-Frank.   
                 A sua direção em relação ao Meio-Ambiente é negacionista. Ele considera a mudança climática uma 'farsa'.  Para tanto, designou um  negacionista da mudança climática, Myron Ebell, como chefe da equipe de transição  para a Agência de Proteção Ambiental (EPA).  Nesse sentido, Ebell já foi financiado pela indústria do carvão e os Irmãos Koch (pronuncia-se Konq). Sua influência, outrossim, na Administração Trump já está garantida por terem sido, como outros industriais de combustíveis fósseis, grandes apoiadores de Pence (este também um negacionista da mudança climática).
                 A rede Koch passou  a ocupar  numerosas posições, bem como desenvolver propostas de nova político no setor.  Os aliados dos Koch estão assim dispostos: Marc Short, o diretor legislativo da Casa Branca ( que objetiva desmantelar a reforma da saúde de Obama).  Paul Ryan, o Speaker da Câmara  é o orador preferido para muitas de suas reuniões.
                 A frenética ação de Trump, desde que foi empossado, estaria no sentido de fazer parecer que está cumprindo promessas de campanha. Ele diz e age tanto que é difícil acompanhar-lhe as ações, o que também faz parte do plano.Essencialmente ele quer parecer um malabarista. Boa parte decorre do revanchismo contra as políticas de Obama.  Segundo E. Drew, tudo isso pode ser para ganhar tempo para que os republicanos possam atravessar o campo minado que eles próprios criaram. 
                 Por outro lado, muitas dos decretos assinados por Trump não devem entrar em vigor de imediato. Trump também exigiu que os construtores usem aço americano, o que pode ser dispendioso, além de violar leis de comércio internacional. Também era esperado que Trump restabelecesse  a Mexico City Policy (que proíbe ajuda a programas que disponibilizem o aborto).  O problema é que a nova ordem de Trump seria de âmbito mundial, e por conseguinte recusaria apoio financeiro a programas que se ocupem de enfermidades como a Ébola e o Zika. A nova ordem também atingia o  fundo da Paternidade Planejada, uma meta desde muito perseguida pelo Vice Mike Pence.
               Drew se ocupa,em seguida, da famosa promessa do candidato Trump de construir o Muro. Segundo Drew, tal começou qual fantasia política - "uma ilusão criada por Trump para levantar os seus partidários nos comícios. O Muro seria a metáfora do candidato "para endurecer com o México" que de forma ostensiva "mandava" para os States "criminosos, entorpecentes e estupradores", não obstante o México venha colaborando com o governo estadunidense para evitar tal tipo de imigração e o contrabando de drogas.
               A propaganda de Trump também agride a verdade, no sentido de que, nos últimos anos, mais mexicanos saíram do que ingressaram nos EUA.  Também o Governo americano tem cooperado  com a exigência dos republicanos de mais segurança na fronteira. Tio Sam gastou desde 2005  cerca de 132 bilhões de dólares em cercas, agentes adicionais, sensores, câmaras de segurança com visão noturna, helicópteros , drones e radar. Por causa dessas medidas caíram dramaticamente as travessias ilegais da fronteira.
              Por isso, Trump parece ao menos determinado em construir o seu quimérico Muro, porque agrada ao Público americano. A sua segunda absurda pretensão - a de fazer o México pagar pela construção do dito Muro - o colocou em absurda disputa com o presidente mexicano, que obviamente se recusa a pagar por tal despropósito.
              Assim com encarregara o genro de intermediar acordo de paz entre Israel e a Palestina, entregou-lhe igualmente a questão para que a "resolva".
               Nada, no entanto, quer por óbvia miopia, quer por ignorância ou enorme cinismo, se compara ao Decreto a respeito da imigração, que foi expedido na tarde de sexta-feira, 27 de janeiro. Os efeitos de tal determinação sobre imigrantes com os papéis em ordem, foram tão cruéis quanto caprichos do Deus Júpiter.  De imediato, surgiram problemas para os Estados Unidos, tanto no próprio território, quanto no estrangeiro.  A medida, na verdade, equivalia ao banimento da imigração  muçulmana, mas com outra denominação. Supostamente barrava temporariamente a imigração de sete países com maioria muçulmana com a motivação de que abrigavam terroristas.
                Sob o título "Protegendo a Nação do ingresso de terroristas estrangeiros nos Estados Unidos", o decreto invocava por três vezes o ataque de onze de setembro . Suspendia por três meses a imigração do Iraque,Irã, Síria, Sudão, Líbia, Somália e Iemen.  Note-se que nenhum dos sequestradores do onze de setembro provieram dos países citados.  Tampouco, desde o  onze de setembro de 2001, houve ataque terrorista  aos Estados Unidos de que haja participado um imigrante de qualquer dos sete países citados. 
                O decreto também suspendeu por quatro meses todo o programa para refugiados dos EUA.  A prioridade no futuro, na explicação de Trump, seria dada aos refugiados cristãos desses países. Com a exceção dos diplomatas, a ordem igualmente cobria, em amplíssima definição da ameaça terrorista, aqueles viajantes para os EUA que houvessem estado nos citados países, o que constitui larguíssima definição da suposta ameaça terrorista.  De cambulhada, impunha proibição na entrada de refugiados Sírios nos Estados Unidos, não obstante não se haja registrado nenhuma morte de um só americano por refugiado daquela infeliz nação.
                 A ordem executiva ,além de imp or banimento de três meses aos imigrantes dos sete países mencionados, poderia ser extendida ad infinitum se os requerentes  não satisfizessem certos requisitos não definidos.  Durante a campanha, Trump enfatizara a necessidade de revisão extrema nas petições de imigração, o que desconhecia os rigorosos procedimentos adotados pela Administração Obama, que podiam durar até dois anos de exame.
               A redação do decreto sobre a  imigração era tão descuidada que a primeira explicação à imprensa sobre o decreto presidencial exigiu três horas  a mais de tempo. A urgência era tanta que não tiveram tempo nem de consultar os serviços competentes do Governo.
               Na enorme confusão do primeiro momento post-decreto de Trump   que bloqueara a suspensão de imigrantes com os papéis em ordem, que estavam em trânsito para os Estados Unidos, uma sentença do sábado à noite de juiz federal que estatuía que os Estados Unidos não podiam deportar imigrantes daqueles países proibidos se eles já estivessem legalmente nos Estados Unidos não seria cumprida em inúmeros casos.
               No entanto, com o apoio da opinião pública e da imprensa, várias ordens judiciais afirmaram que o decreto atingia questões constitucionais, e por fim, a três de fevereiro a sentença  por um juiz de corte federal sustou temporariamente a implementação do decreto presidencial.
                E. Drew assinala que apesar  da sua concepção errônea e da execução equivocada, o decreto de Trump satisfez à opinião fortemente anti-imigratória dos seus partidários, e talvez  mesmo além deles.
                É de assinalar quanto esse decreto de Trump era míope e mesmo estúpido.
                De imediato, tal prejudicou  a indústria do Vale do Silicone, e  muitos hospitais e universidades.  Era flagrante a vantagem de trazer gente de fora para estudar nas universidades. O contato com valores ocidentais e o respectivo conhecimento eram tão obvios que desafiavam qualquer disposição em contrário. Trump mostra a sua incompetência e despreparo nesse campo, como em outros. Os exemplos são os "sítios negros"  da CIA, colocados em países amigos, como a Polônia et al., em que a tortura voltaria a ser livremente utilizada.  Também  o " waterboarding voltaria a ser aplicado, como se não fosse tortura simular afogamento para o prisioneiro interrogado...  O despreparo de Trump ficou visível uma vez mais, pois ele teria concordado com tais métodos, se o seu Secretário de Defesa, James Mattis, e o diretor da CIA, Mike Pompeo, já não houvessem testemunhado acerca da pouca eficácia da tortura como método interrogatório (de qualquer forma, o abandono da tortura se vestia com trajes utilitários, e não os éticos e morais,  que na verdade deveriam proponderar na exclusão desta abjeta prática de interrogatório).
               O despreparo da nova Administração é igualmente manifesto em dois outros casos.  O primeiro com o Irã seguiu linha que punha os Estados Unidos na rota de agravar a tensão (teste pelo Irã de um míssil balístico não diferiria da provável reação da Administração Obama ), mas volta a colocar Washingon diante do agravamento de tensão com Teerã.  Por outro lado,  o raid militar contra o Iêmen foi aprovado pelo Pentágono sem a devida checagem com a CIA e o Departamento de Estado.  A aprovação apressada de Trump levou ao malogro do raid, com a morte de soldados americanos.
                Há outros aspectos inquietantes do temperamento e caráter de Donald Trump. Pode-se acreditar no que ele diz?  Por exemplo, ele insiste em que o sol brilhava durante o seu discurso de posse, o que não correspon-de aos fatos. Pode-se pensar em falta de tolerância de Trump quando de sua abrupta exoneração  da procuradora-geral interina, Sally Yates?  Nesse caso há margem para dúvida, eis que ela é promotora de carreira a quem a Administração Trump encarregara de ocupar interinamente a Secretaria da Justiça. Por uma questão de princípio, ela se recusou a cumprir o decreto de Trump sobre a emigração. Sendo chefe temporária da Secretaria de Justiça, a sua rejeição de princípio está conforme a regra, embora ela devesse exonerar-se do posto que ocupava, pela discordância com o seu Chefe.    Trump a demitiria sumariamente, sob a dúbia justificativa de que "traíra o Departamento de  Justiça".
                 Outro desenvolvimento preocupante - já sinalizado pela demissão da procuradora Yates - foram as mais de mil assinaturas dos funcionários do Departamento de Estado que protestavam contra o decreto sobre imigração. Nessa questão, o assessor de imprensa Spicer disse que (os funcionários) ou aceitavam o decreto, ou podiam fazer as malas. Tal atitude vai contra a habitual democrática aceitação de eventual dissenso dos funcionários na Administração federal.
                  Por outro lado, a sua atitude contra a Agência de Proteção Ambiental (EPA) não deixa qualquer dúvida quanto ao apoio da Administração Trump no que tange a considerar um embuste (sic) o aquecimento global.  Por isso, a EPA recebeu a ordem de baixar o site da rede acerca do dito aquecimento global.  Também  Trump é contra fiscais em qualquer seção relativa aos Departamentos de Estado, Saúde e Serviços Humanos, e Agricultura. Algumas de suas ordens em tais campos foram posteriormente canceladas, por serem demasiado controversas. Além disso, os servidores públicos são respaldados pela Lei de Proteção do Fiscal (whistleblower). Muitas pessoas não inclinadas a acreditar nas tendências autoritárias de Trump se mostram céticas quanto ao veio ditatorial do Presidente.  Mas a tendência está aí para ser vista. Ele usa por outro lado o Twitter para embaraçar e ameaçar  indivíduos e corporações. Através da intimidação (bullying) ele expande o próprio poder presidencial, incutindo temor em muitos empresários
             Nesse sentido, passado o período inicial da Presidência, alguns de seus assistentes disseram à imprensa que a estratégia de Trump e Bannon de interrupção (disruption) e desvio da atenção (distraction) tinha sido bem sucedida. Também todo o barulho sobre a imigração e o redemoinho de outras questões, e as controvérsias sobre inconstitucionais conflitos de interesse se teriam evaporado.  Segundo tal visão, ninguém tem memória e desconhece a possibilidade de que a questão ética possa voltar.
                Tal visão otimista sobre Trump pode evaporar-se.  A própria capacidade de manter o poder pode ser mais tênue de o que parece. Não é só a sua húbris quanto à manutenção do poder, mas também o fato de que ele assumiu debaixo de investigação sobre possíveis - e por baixo do pano -transações com a Rússia, assim como as relações de alguns de seus associados políticos com Vladimir Putin ou seus parceiros.  Além disso, a ambiguidade de sua vitória eleitoral lhe complica o exercício da presidência. Com efeito, ele perdeu no voto popular  por cerca de três milhões de sufrágios, com vantagem para Hillary Clinton.  Sendo um presidente da minoria ele tem a ver  com muita gente que se acredita trapaceada por ele e que está motivada para levantar-se contra ele. Isso explica parcialmente a sua fixação no voto eleitoral e a respectiva insistência - incorreta - de que ele ganhou por grande vantagem (landslide) nesse voto.
                Além de todos esses fatores preocupantes, Trump demonstra deficiências mentais : grandes especialistas suspeitam que ele tenha a desordem da personalidade própria do narcisista, e também progressiva demência, a julgar pela limitação do próprio vocabulário. (Há marcada diferença entre a sua fluência e coerência numa entrevista com Larry King de 1988, e a sua atual maneira de falar em público, em que perde amiúde a direção do assunto em tela).  As suas ilusões sobre o tamanho da multidão da própria inauguração, a fantasia de que três ou cinco milhões de votantes ilegais lhe negaram a vitória na votação popular, as vezes em que apareceu na capa de Time magazine, vieram a tornar-se espécie de piada, mas também podem sinalizar algo mais perturbador quanto ao seu estado psíquico.  Nesse sentido, numerosos eminentes psicólogos e psiquiatras escreveram ou expressaram as respectivas preocupações acerca da estabilidade mental de Trump.
                    Cerca de uma semana depois de ser juramentado, o nível de aprovação de Donald Trump caíu oito pontos - e tal antece o seu desastroso decreto imigratório. Pode-se presumir que os republicanos mantenham a respectiva tolerância  no que concerne à permanência de Trump, enquanto eles estiverem conscientes e temerosos da intensidade  de seus partidários mas isso tenderá a mudar se ele se tornar alguém com  custo político muito alto em termos de apoio - nesse caso é de supor-se que ficarão muito contentes em ter Mike Pence como alternativa.


( Fonte: Tradução, com algumas abreviações, do magistral artigo de Elizabeth Drew, na New York Review )      

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