quinta-feira, 30 de março de 2017

Doria, o novo Mario Covas?

                    

          O Estado de S. Paulo, em seu noticiário político, se ocupa do incidente havido durante  a entrega de unidades habitacionais no Grajaú, na zona sul de São Paulo, com um rapaz que apostrofou de 'golpistas' as autoridades presentes, entre elas, o governador Geraldo Alckmin (PSDB)  e o Ministro das Cidades, Bruno Araújo.
          O rapaz gritou por várias vezes 'golpistas'. Aos berros, acrescentou que aquela obra é da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) e do ex-prefeito Fernando Haddad (PT).  No palco, ao fim de seu discurso, João Dória (PSDB), prefeito de S. Paulo, respondeu exaltado  que golpista "é aquele que rouba dinheiro público". O prefeito afirmou, outrossim, que o manifestante estava "estragando a festa das famílias" e o mandou ir embora.
           "Vou dizer para você que veio aqui tentar estragar a festa destas famílias que aqui estão... Que estas famílias não estão de acordo com você, não. Golpista é aquele que rouba o dinheiro público. Golpista é quem rouba o povo. Pergunta para o povo o que eles acham. Vai embora procurar a sua turma.  Vai embora procurar a sua turma lá em Curitiba", disse o prefeito, que recebeu palmas em seguida.
            "O povo sabe quem é honesto e é decente. Sabe ou não sabe? Vai procurar a sua turma em Curitiba.  Pessoal, uma salva de palmas  para o Brasil", disse, finalizando a fala.  Famílias presentes no evento chegaram a bater boca com o manifestante, pedindo que fosse embora.
             Saindo do evento, Doria tirou selfies com participantes e disse que a manifestação foi "totalmente extemporânea". "Veio aqui falar de golpe. Golpe do quê? Golpe deu o Lula no Brasil, isso sim", afirmou o prefeito de S.Paulo.
              Depois da polêmica, Doria postou o vídeo do discurso nas redes sociais e voltou a criticar o manifestante.  Em caráter reservado, tucanos avaliaram que o episódio faz parte da estratégia do prefeito para se colocar como antítese do PT e se manter como opção para a disputa presidencial de 2018.
               Apesar de negar a intenção de concorrer  à presidência da república no ano próximo, inclusive proibindo assessores de falarem sobre o respectivo futuro, a movimentação de Doria e o seu discurso nacionalizado, atraíram fogo amigo no PSDB. Como lembra o Estadão, o estilo de Doria lembra o de Mario Covas, pelo espírito combativo e a disposição de confrontar o adversário em qualquer situação.
                Antes de partir, o prefeito paulistano respondeu ao ex-ministro Ciro Gomes, que recentemente o chamou de "farsante", durante a convenção nacional do PDT. "Ciro Gomes devia se preocupar é com o estado dele, primeiro o pessoal, de saúde mental, depois o Ceará, que é o Estado que ele representa."

 ( Fonte:  O Estado de S. Paulo )


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