O
Estado de S. Paulo, em seu noticiário político, se ocupa do incidente havido
durante a entrega de unidades
habitacionais no Grajaú, na zona sul de São Paulo, com um rapaz que apostrofou
de 'golpistas' as autoridades presentes, entre elas, o governador Geraldo
Alckmin (PSDB) e o Ministro das Cidades,
Bruno Araújo.
O
rapaz gritou por várias vezes 'golpistas'. Aos berros, acrescentou que aquela
obra é da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) e do ex-prefeito Fernando Haddad
(PT). No palco, ao fim de seu discurso,
João Dória (PSDB), prefeito de S. Paulo, respondeu exaltado que golpista "é aquele que rouba
dinheiro público". O prefeito afirmou, outrossim, que o manifestante
estava "estragando a festa das famílias" e o mandou ir embora.
"Vou dizer para você que veio aqui tentar estragar a festa destas
famílias que aqui estão... Que estas famílias não estão de acordo com você,
não. Golpista é aquele que rouba o dinheiro público. Golpista é quem rouba o
povo. Pergunta para o povo o que eles acham. Vai embora procurar a sua
turma. Vai embora procurar a sua turma
lá em Curitiba", disse o prefeito, que recebeu palmas em seguida.
"O povo sabe quem é honesto e é decente. Sabe ou não sabe? Vai procurar
a sua turma em Curitiba. Pessoal, uma
salva de palmas para o Brasil",
disse, finalizando a fala. Famílias
presentes no evento chegaram a bater boca com o manifestante, pedindo que fosse
embora.
Saindo do evento, Doria tirou selfies com participantes e disse que a
manifestação foi "totalmente extemporânea". "Veio aqui falar de
golpe. Golpe do quê? Golpe deu o Lula no Brasil, isso sim", afirmou o
prefeito de S.Paulo.
Depois da polêmica, Doria postou o vídeo do discurso nas redes sociais e
voltou a criticar o manifestante. Em
caráter reservado, tucanos avaliaram que o episódio faz parte da estratégia do
prefeito para se colocar como antítese do PT e se manter como opção para a disputa
presidencial de 2018.
Apesar de negar a intenção de concorrer
à presidência da república no ano próximo, inclusive proibindo
assessores de falarem sobre o respectivo futuro, a movimentação de Doria e o
seu discurso nacionalizado, atraíram fogo amigo no PSDB. Como lembra o Estadão,
o estilo de Doria lembra o de Mario Covas, pelo espírito combativo e a
disposição de confrontar o adversário em qualquer situação.
Antes de partir, o prefeito paulistano respondeu ao ex-ministro Ciro
Gomes, que recentemente o chamou de "farsante", durante a convenção
nacional do PDT. "Ciro Gomes devia se preocupar é com o estado dele,
primeiro o pessoal, de saúde mental, depois o Ceará, que é o Estado que ele
representa."
( Fonte:
O Estado de S. Paulo )
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