Lula, que completa
setenta anos, é um homem mudado e marcado. É hoje personagem meio-patético, que iniciou o
próprio discurso no evento do PT "para discutir os efeitos da operação
contra a corrupção no país." Como assinala Ricardo Noblat, "o
seminário organizado pelo PT sobre a Lava-Jato pecou pelo próprio nome".
Passou a idéia de que examinaria virtudes e defeitos da operação.
Ledo engano. Foi apenas seminário para
condenar a Lava-Jato.
Chorando, Lula voltou a reclamar de
sua condução coercitiva em março de 2016. Reclamou da atuação dos
investigadores, chamou o procurador Deltan Dallagnol de "moleque" e
defendeu a aprovação da lei que endurece
penas para o abuso de autoridade (esse projeto de lei é defendido por Renan
Calheiros e aves da mesma plumagem).
No mesmo tom queixoso, contou que não
deveria estar ali porque pegou uma virose, mas disse ter ido ao evento porque "queria
prestar contas" aos presentes.
E engatou, em seguida, essa
primeira: "Nem o Moro, nem o Dallagnol, nem o delegado da Polícia Federal
tem a lisura, a ética e a honestidade (sic) que eu tenho nestes 70 anos de
vida."
Apesar de seus veementes protestos
de honestidade, Lula começou a falar chorando para se queixar de perseguição.
No entanto, como assinala artigo de Ricardo Noblat a "menos de 24 horas
depois da revelação de delatores da Odebrecht que deixaram em xeque a
honestidade dele e de Dilma, Lula não disse uma só palavra a
respeito." Ao contrário ele
"repetiu o de sempre. A desconexão do PT da realidade é espantosa."
(
Fontes: O Globo, Ricardo Noblat )
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