Apesar da postura da
Casa Branca de fazer passar a reforma da Lei da Assistência Sanitária
Custeável, foi enorme a repercussão negativa junto ao povo americano no que
tange à desejada e desastrosa revogação
que o Presidente Trump queria alcançar a qualquer custo.
A Casa
de Representantes, com maioria do GOP,
sentiu a pressão de seus constituintes, que não podem entender por quê Trump desejaria por um capricho de vaidade tirar
de vinte milhões de americanos a assistência médica que o Affordable Care Act (tratamento médico custeável) lhes proporciona
hoje.
Diante
da pressão de seus constituintes, os deputados republicanos fizeram saber em
boa parte que não mais votariam a lei do GOP
que retiraria desses americanos o apoio sanitário que lhes é proporcionado pelo
ACA.
E foi
essa mensagem que o Speaker Paul Ryan levou ao Presidente Trump, ao
dizer-lhe que o GOP não dispunha de
votos em número suficiente para fazer aprovar a leizinha que os republicanos
pensavam poder empurrar guela adentro da Câmara.
Donald J. Trump tentou explicar, em sua fala ao Povo americano, que a
dita derrota era devida aos democratas. Em discurso desconexo, tentou empurrar
para o Partido Democrata e a sua líder Nancy Pelosi a 'responsabilidade' pela
não-aprovação da emenda que, na prática, arrancaria do povo americano, a lei que continua de pé, justamente em função da reação popular, a que
revoltou a insensibilidade da liderança republicana - e, em especial, de Trump -
de querer por mero capricho infligir
graves perdas ao povo e, em particular, àqueles mais necessitados.
A conclusão que o meio político retira do
episódio é que estamos diante da primeira séria derrota da Administração do 45º
Presidente, e, em particular, a inegável gravidade do golpe pessoalmente
infligido a Trump, que prometera derrubar o por ele detestado 'Obamacare', e
teve de aguentar a humilhação de que Câmara de maioria republicana tenha
sido forçada a um recuo em toda a linha.
É
a primeira promessa de Donald Trump em que a tentativa de derrubar a Lei do
Tratamento Médico Custeável malogra vergonhosamente. Na prática, tal corresponde à elevada apreciação pelo Povo Americano da qualidade desta Lei como grande conquista popular. A liderança
democrática na Câmara, com Nancy Pelosi
à frente, preservou o monumento da
Administração Obama. Não obstante a raivosa
oposição do Tea Party dos
irmãos petroleiros Koch, ironicamente o Obamacare
comemora mais um aniversário - sete anos de pé - graças ao apoio e a despeito
de toda a campanha que intenta demonizá-la, eis que a própria qualidade e a reação da maioria da gente
- a mesma que dera a Hillary Clinton a pública supremacia na votação popular
(nas palavras de um prócer democrata) - que levou Trump a visitar Canossa muito
mais cedo de o que pensava.
( Fonte: The
New York Times )
Nenhum comentário:
Postar um comentário