sábado, 4 de julho de 2020

O sucessor de Celso de Mello


                                            
      O Estado de S. Paulo dedica hoje o editorial ao histórico das escolhas para o Supremo, em que o jornal coloca a necessidade de que quem for suceder a Celso de Mello - que completa setenta e cinco anos em novembro próximo - deva ser submetido a  exame digno desse nome pelo Senado federal, eis que ao constituir autêntica sabatina garante o  interesse nacional de designar  substituto à altura do grande juiz Celso de Mello.

         Diante da magnitude da escolha, pesam sobre quem for o eventual proposto dúvidas bastante sérias.  Ainda que desconheça quem o poder executivo pretenda  apresentar à consideração do Senado, não obstante,  haja vista os antecedentes, a própria sinalização do editorial de hoje, que é sobre a sucessão de Celso de  Mello, não é de molde a infundir-nos confiança na eventual designação presidencial: "os nomes que têm sido aventados pelo Planalto para a vaga de Celso de Mello não são de inclitos juristas, mas de bacharéis formados em cursos de segunda linha, sem maior experiência jurídica e notório saber".

           Não há dúvida, por conseguinte, que se "o Senado não tiver disposição para cobrar sólida formação jurídica e coragem de rejeitar indicações medíocres, ele estará comprometendo as  instituições."
              Grita aos céus, portanto,  que, dados os antecedentes em tela, há poucos motivos para otimismo.


( Fonte: O Estado de S. Paulo )      

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