segunda-feira, 6 de julho de 2020

O poder da Extrema Direita


               
      O Ministério da Educação segue sem titular e, na prática, à deriva.  Nesse contexto, o Secretário da Educação do Paraná, Renato Feder, recusou a chefia da pasta, diante da oposição através das redes sociais dos sólitos olavistas e das demais alas ideológicas do governo Bolsonaro.

      Depois da saída, de Abraham Weintraub, a 18 junho, do MEC tangido por vários escândalos, o Governo Bolsonaro  tenta encontrar substituto para a pasta, sem sucesso. O patético episódio do professor Carlos Alberto Decotelli já é conhecido.
        A decisão sobre quem deve finalmente assumir o Ministério da Educação é esperada para esta semana. Assim, uma parte do grupo militar no governo com influência evangélica tenta emplacar Anderson Correia; e Ilona Becskeházy, atual secretária da Educação Básica do MEC, conta com o apoio de olavistas. Não se está interessado em designar alguém com capacidade executiva e bons planos. A ideologia, de preferência extrema, passa primeiro.

          Por sua vez, a ausência de um mínimo de consciência quanto à importância da Saúde, no Brasil atual, tendo presente de resto o avanço das mortes pelos erros da estúpida flexibilização, responde pela escandalosa falta de um titular à altura no Ministério da Saúde, eis que a Pasta em que Mandetta se distinguiu (só para ser afastado por Bolsonaro, que considerava a sua popularidade damasiado alta), está entregue há quase dois meses ao general Eduardo Pazuello, na qualidade de interino. Como o presidente Jair Bolsonaro já deu sinais bastantes de que não se interessa pela Saúde, mesmo com o grande desafio da Covid-19, será que o Brasil pode, mesmo assim,  em sã mente, ficar com um não-médico militar nesse Ministério, enquanto os mortos brasileiros já ascendem a 64.900?

( Fonte: O Globo )  

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