segunda-feira, 27 de abril de 2015

PIF PAF

                                                   

Manoel Dias, fica!

 
         Depois das declarações de Carlos Lupi, presidente nacional do PDT, que disse ao Estadão que os petistas “roubaram demais, exageraram”, surgiram compreensíveis indagações se Manoel Dias, o Ministro do Trabalho e representante no governo do PDT ficaria no Governo.

         Nesse contexto, Dias fez saber que a versão apresentada a ele por Lupi – cujo depoimento sobre o PT foi gravado  - foi diferente, sem as críticas contundentes ao aliado. Manoel Dias tampouco se sente constrangido em permanecer no ministério. A respeito, disse: “Me dou por satisfeito com a resposta dele (Lupi)”.

          Mais contundente, em verdade, foi a reação de Humberto Costa (PE), líder do PT no Senado: “Acho que isso é resultado de uma pessoa boquirrota, uma pessoa que sinceramente eu não valorizo”.

 

O  Coaf e a Lava Jato

 
              Segundo informa o Estado, o Conselho de Controle de Atividade Financeira(COAF) vai disparar na corrente semana alertas a bancos, empresas e outras instituições para que passem a comunicar qualquer movimentação atípica envolvendo servidores públicos.

               Mas não se cinge a esta óbvia lista o chamado “grupo de risco” do Coaf . Integram tal grupo, outrossim, operações de comércio exterior – em razão de remessas ilegais – compras de produtos que podem ser usados para produzir drogas, site de vendas na internet, movimentação de cartão de benefícios – pelos quais se pode praticar agiotagem -, contas bancárias de estudantes (pelas quais pode circular dinheiro do tráfico), postos de gasolina, além de contratação de shows sem licitação por prefeituras.

              A quê se deve a redobrada atenção sobre servidores públicos e postos de gasolina?  Tal nasceu com a experiência adquirida na  Operação Lava Jato.

              Com efeito, foi a partir de suspeitas  sobre as movimentações financeiras de um posto de combustível em Brasília que a Polícia Federal logrou desbaratar o mega-esquema de lavagem de dinheiro e a corrupção na Petrobrás.

               O Posto da Torre, localizado a 3 km do Congresso Nacional, realizava factoring (negociação de créditos). Servia, igualmente, consoante apuraram as investigações, de base de pagamento de propinas.

               E não fica aí. A Operação Lava Jato, hoje famosa pela sua contribuição a desmantelar a enorme corrupção na Petrobrás,  foi assim batizada como referência à magna contribuição – ainda que indireta - desse posto de gasolina na luta contra a corrupção na Petróleo Brasileiro S.A., que se viu instrumentalizada pelo aparelhamento por elementos do Partido dos Trabalhadores, assim como de outros menores, porém afins na mesma atividade criminosa.

 
As anedotas do Jantar aos jornalistas da Casa Branca

 
          O jeitão flegmático de Barack Obama ao inventar um super-ego furioso representou inovação que colheu grande sucesso junto aos jornalistas presentes.

          O  truque de Obama funcionou da seguinte forma: o presidente faz afirmação politicamente correta e uma espécie de tradutor – superego rebate como  que realmente a declaração deva ser interpretada.  Assim, a frase presidencial que “tradições como o jantar dos correspondentes da Casa Branca são importantes” vira na versão de Luther, o intérprete irado: “Sério? Que raios de jantar é esse ? Por que eu sou obrigado a vir? Ei, Jeb Bush, você quer mesmo fazer isto?”

          A brincadeira foi um sucesso. O Presidente, por sua natureza, não teve dificuldade em representar o straightman, enquanto o comediante afro-americano Keegan-Michel Key arrancava gargalhadas do público.

           Tradicionalmente tudo – ou quase tudo – é permitido nesse jantar. E não é de hoje que é realizado anualmente. Dentre os veteranos, quem não se recordará da voz sedosa de Marilyn Monroe a elogiar o Mr President (JFK), ainda mais com o subtexto do segredo de Polichinelo de o que entre os dois antes se passara?

 
  Gleisi Hoffman pediu doações a empreiteiras

 

         A Senadora Gleisi Hoffman (PT-PR) admitiu em depoimento à P.F. que pediu contribuições a pelo menos cinco das grandes empreiteiras investigadas na Lava-Jato, mas negou que tenha recebido dinheiro do doleiro Alberto Youssef ou do ex-diretor de Abastecimento da Petrobrás, Paulo Roberto Costa. O ex-ministro Paulo Bernardo, marido de Gleisi, também negou que tenha intermediado pedido de dinheiro a Costa ou a Youssef para a campanha da mulher ao Senado em 2010. Segundo Gleisi e o marido, todos os recursos da campanha foram legalmente declarados à Justiça Eleitoral.

        Em inquérito aberto por ordem do Supremo, a senadora é investigaa por, supostamente, haver recebido R$ 1 milhão de Paulo Roberto Costa em transação intermediada por Youssef.  O dinheiro teria sido repassado pelo doleiro ao empresário Ernesto Kluger Rodrigues, amigo de Gleisi e Paulo Bernardo.

       Interrogada pelo delegado Thiago Machado Baladary no último dia catorze, na sede da P.F. em Brasília, Gleisi afirmou que não conhece Youssef e que Kluger buscou a adesão de empresários à campanha, mas não atuou na arrecadação de dinheiro.

       Gleisi Hoffman reconheceu, no entanto, que pediu contribuições a Odebrecht, OAS, Camargo Correa, UTC, Queiroz Galvão e Andrade Gutierrez. Nesse contexto, Gleisi sustenta que todas as doações foram devidamente registradas e que não houve qualquer promessa de contrapartida.

 

( Fontes: O Estado de S. Paulo, Folha de S. Paulo,  O Globo )

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