segunda-feira, 28 de abril de 2014

Rescaldo de Fim de Semana II

                                
Lula: condenação do Mensalão foi 80% política

 
              Será que repetir mil vezes uma mentira fará que ela vire verdade?  A afirmação é de Joseph Goebbels, o ministro da propaganda do nazismo. Convenhamos que a fonte não é boa, mas há gente que nisso acredita piamente.

             Não sei se é o caso do nosso ex-Presidente Lula da Silva, no que respeita ao escândalo do Mensalão. Em um primeiro momento, no qual temia o impeachment, chegou a pedir desculpas ao povo brasileiro.
             Com o passar do tempo, porém, mudou de discurso, e o que ora disse em entrevista à TV portuguesa RTP completa o processo de concordância com a opinião corrente no PT. No seu atual entender o julgamento do caso teve “80% de decisão política e 20% de decisão jurídica”.

 
A riqueza de Putin

 

            Ao pesquisar o círculo de cupinchas de Vladimir V. Putin, as agências de inteligência ocidentais não estão empenhadas em procedimento meramente lúdico. Há fundadas suspeitas de que o presidente russo se valeria de seus maiores amigos – em geral milionários – para obscurecer o montante respectivo de sua fortuna.
            Da inicial teoria, formulada como hipótese de trabalho, as pesquisas terão progredido e apontado senão certezas, pelo menos fortes probabilidades. Dadas as suas características, no entanto, mesmo no caso de que a busca tenha êxito, ela dificilmente – e por óbvias razões – sairá do nível de confidencialidade extrema. A confirmação dessa teoria, pelas suas inegáveis implicações, não seria, dessarte, trazida a público, mas sim guardada a sete chaves, eis que no caso em tela não restaria qualquer dúvida da importância estratégica de uma tal descoberta pelos serviços especializados.

            Na Rússia há difusa convicção de que os amigos chegados de Putin gozam de especiais favores, o que explicaria as suas contribuições a projetos do círculo do Kremlin, assim como a sua opulência. Não está, no entanto, provado, e talvez não o seja nunca, que tenham eventual participação no destinos das posses do presidente russo.

 
Fotos de reféns ucranianos detidos por milicianos

 
           As promessas firmadas em Genebra pelo Ministro Serguei Lavrov confirmaram o modelo usual naquela velha cidade. Não se distingue nenhum espírito de conciliação ou de respeito ao ser humano nas fotos difundidas pelas milícias separatistas em Slaviansk, no leste da Ucrânia. Pessoas vendadas e amarradas a cadeiras, recobertas por andrajos, e insolentemente expostas à curiosidade mundial. O seu suposto crime será defender o poder central em Kiev. Ser patriota nesses rincões parece ser atividade de alto risco. Quem aplica tais sevícias e tratamentos tão degradantes deve ter realmente as costas quentes pelas tais unidades (de um país vizinho mas imprecisado), que, enquanto aprofundam a confusão na pobre Ucrânia, cedem tais tarefas pouco recomendáveis à gente da pior espécie.

            Quanto aos observadores da OSCE, o tratamento que recebem estaria sob a aparente supervisão dos agentes russos. A insolência e a provocação se expressam de outro modo, sem aparente violência física (excluída a ilegalidade da medida). Mas o constrangimento e a situação em si já constituem medida suficiente para enquadrar tais agentes e seus comandantes em procedimento de desrespeito ao direito penal militar.

 

(Fonte: Folha de S. Paulo)

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