A realidade do processo de impeachment foi sufocada por um
julgamento no Senado em que a estreita maioria republicana se mostrou determinante para favorecer o
presidente em funções, não obstante as acusações que pesam contra ele pela
clara intenção de valer-se da relativa fraqueza de um país, como a Ucrânia,
para obter vantagens políticas (por mais questionáveis e torpes que tenham sido
os métodos utilizados por Donald Trump para tentar arrancar do
presidente ucraniano um comportamento servil e anti-ético).
Se necessidade
houvesse - o que me parece questionável - todo o processo de impeachment mostrou (ou voltou a
mostrar) aspectos da personalidade e comportamento do atual presidente
estadunidense, e quanto a sua conduta se afasta de uma mínima atitude de urbanidade
e de respeito às autoridades do respectivo governo americano, como evidencia a
própria grosseria em seu tratamento de Madam
Speaker Nancy Pelosi, chegando ao ponto de negar-lhe o cumprimento.
Pobres
aqueles funcionários do governo americano que, seja por situação hierárquica,
seja por condições do próprio serviço, estejam forçados a um convívio mais
próximo junto a alguém que, pelo visto, não tem respeito por aqueles que, por
circunstância da própria hierarquia ou das respectivas atribuições devam ter uma presença ainda mais exposta à
inevitável interação com alguém que semelha fugir à qualquer comparação
possível com personalidades que transitem por essas alturas...
( Fonte: O
Estado de S. Paulo )
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