O ex-prefeito de New York, Michael Bloomberg, após o lançamento de
sua campanha em novembro último, dispendeu cerca de US$ 300 milhões em anúncios
na televisão - em despesa superior àquela de todos os rivais democratas
somados.
Quatro meses depois, o bilionário cresce nas pesquisas, em quinze pontos
percentuais no espaço de dois meses, ultrapassa o ex-vice Presidente Joe
Biden, e por primeira vez tem vaga no debate dos democratas.
Por um conjunto de fatores, Bloomberg já está com 19% das intenções de
votos entre os democratas. Em segundo lugar, está atrás de Bernie Sanders, que tem
31%. Essa pesquisa mostra um senhor
avanço do candidato em relação à anterior, de dezembro, quando o bilionário
tinha 4% das intenções de voto.
Bloomberg, por uma série de contingências, foi forçado a seguir estratégia
arriscada. O debate de hoje, 19 de
fevereiro, antecede à disputa da Super-terça, dia três de março, quando 14
estados elegerão pouco mais de um terço dos delegados do Partido Democrata, que
decidirão sobre o candidato a ser nominated
pela Convenção Nacional, em julho.
Se o milionário passara incólume
pelas discussões entre os candidatos, agora ele entra no quente da
disputa, e será alvo natural de seus concorrentes, notadamente Bernie
Sanders e Elizabeth Warren, ambos da ala esquerda dos Democratas. Ao
invés de tratá-lo com indiferença, os ataques de seus rivais traduzem
preocupação com o seu potencial: "Bloomberg não deveria ser o democrata
escolhido em razão de sua política discriminatória contra residentes de
comunidades pobres, quando foi prefeito de New York" (Warren); "os americanos
estão cansados de bilionários comprando eleições" (Sanders); por sua vez, Biden atacou o seu histórico como
prefeito, e Klobuchar acusou o candidato de não ser transparente.
Depois do mandato como prefeito em New York (em dois mandatos), em 2005
Bloomberg tornou-se político
independente (apoiou, no entanto, a eleição de Barack Obama). Dentre os
democratas, é considerado um moderado, e disputa os eleitores centristas com Biden, Buttigieg e Klobuchar. Por isso, para que sua candidatura tenha
condições, ele carece de manter-se à frente dos rivais do centro.
( Fonte: O Estado de S. Paulo)
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