De uns tempos para cá, circulam na mídia
notícias sobre uma possível recuperação da economia venezuelana. A última
dessas "notícias" é de que uma fábrica de rum na Venezuela um milhão
(sic) na sexta-feira, o que seria a
primeira operação desse tipo na Bolsa de Caracas em onze anos. Tal
"operação" estaria animada por Alberto Vollmer, presidente da
companhia Rum Santa Tereza, que voltou ao mercado, acompanhado por um grupo de
empresários que confia em que o governo chavista leve adiante mudança econômica similar à da
transição da China na década de oitenta.
Alberto Vollmer, presidente da
companhia de rum, lembra-se da abertura
da Bolsa de Xangai, há trinta anos, e tal estratégia será imitada nesse ano por Horacio Velutini, diretor do
Fundo de Valores Imobiliários. Ambos
estão convencidos de que a liberação da economia dificilmente poderia ser
revertida.
Os dois empresários fazem parte dos
"otimistas anônimos", grupo que reúne 39 homens de negócios,
banqueiros, e investidores venezuelanos, com opiniões diversas de boa parte dos
porta-vozes das associações de grupos privados.
Muitas das medidas previstas -
como as ofertas de ação - apesar de
serem míni-mas, se comparadas com os mercados capitalistas, poderiam servir
como uma espécie de salva-vidas para as empresas que ficaram sem nenhum financiamento
bancário.
Os bancos locais - pressionados
pelas regulamentações e pelo nível da inflação - são incapazes de conceder
empréstimos às empresas. Por isso, as ofertas de ações, apesar de serem
mínimas, poderão servir como uma espécie de salva-vidas para as empresas que
ficaram sem nenhum financiamento bancário. Nesse contexto, Velutini acredita
que ha empresas antigas que estão crescendo e têm potencia de vender as
próprias ações na Bolsa.
( Fonte: O Estado de S.
Paulo )
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