É com particular menção que
me reporto ao segundo editorial de O
Globo datado de hoje, nove de fevereiro. Com efeito, o governador Eduardo Leite (PSDB) "conseguiu negociar com a oposição a
aprovação de um novo estatuto do funcionalismo; mudanças na previdência de
servidores civis e militares similares às da legislação federal; alterações
importantes na estrutura de remuneração do pessoal, com supressão de
gratificações; e um novo formato de carreira para os professores da rede
estadual. Também o governador conseguiu
extrair da Constituição estadual dispositivo
que obrigava a realização de plebiscito para a privatização de empresa
estatal. "
O
editorialista assinala que não é pouco, ainda que seja insuficiente para a
crise gaúcha. A economia projetada com a reforma previdenciária é de R$19 bi
numa década, enquanto o governo carece a cada ano de financiar R$ 12,5 bilhões
de déficit na previdência dos servidores. Se "há agravantes, pois o custo
da previdência estadual é crescente (subiu R$ 821 milhões em 2019), o
primeiro passo, porém, foi dado. É possível afirmar que resulta de um processo
de consciência coletiva sobre a dimensão dessa tragédia administrativa,
agravada a cada governo nas últimas quatro décadas."
Nesse contexto, a iniciativa do Governador Leite e do Legislativo gaúcho
"sinaliza um caminho a ser seguido por outros estados." Como sublinha
O Globo "mais de uma dezena de
governadores hoje estão reduzidos ao papel de gerentes de massa falida, pois
mal conseguem coletar tributos para pagar a folha de salários."
( Fonte: segundo editorial de O Globo, de 9.II.2020 )
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