Após oito sessões de
quimioterapia, o prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), apresentou
regressão das lesões cancerígenas, segundo informou a equipe do Hospital
Sírio-Libanês.
Sem
embargo, Covas foi submetido a uma biópsia
em um gânglio linfático que, mesmo após tratamento, ainda segue com
alterações.
O
resultado do novo tratamento deve ficar pronto na metade da próxima semana,
quando os médicos devem decidir qual será a etapa seguinte do tratamento, que
pode incluir cirurgia ou imunoterapia.
O
prefeito descobriu tumores na cárdia (transição do estômago para o esófago), no
fígado e nos linfonodos em outubro de 2019. Desde então, foi submetido às
sessões de químio, para tentar reduzir o tamanho das lesões. Ontem, terminada a
medicação, ele foi submetido a uma série de exames para avaliar o tratamento.
Fez uma ressonância, um pet scan.- e
uma ecoendoscopia.
Segundo a equipe médica, os exames não mostraram mais sinais dos tumores.
"Alcançou-se o resultado máximo" previsto pelo tratamento, disse o
oncologista Túlio Pfiffer. Covas reagiu bem às seis primeiras sessões de
químico, mas teve reações às duas últimas, o que era esperado, segundo os
médicos, que evitam a palavra "cura".
"O resultado, sobretudo do ponto de vista do local onde a lesão se
originou (a cárdia) e no fígado foi
brilhante. As imagens ainda mostram alterações na região do linfonodo e por
isso colhemos material de lá", disse o oncologista Artur Katz.
As análises apontaram que um linfonodo ainda estava em tamanho anormal,
por isso foi feita a biópsia. Os resultados só devem sair no meio da semana que
vem pois dependem do tempo de reação dos tecidos aos produtos usados na
análise. O prefeito ficou internado ontem para os exames e foi liberado no fim
do dia. Deve trabalhar normalmente hoje.
Campanha. Os médicos evitaram
comentar a respeito do futuro político do prefeito, que pretende disputar a
reeleição. Covas continua com recomendação de evitar aglomerações, mas sem
restrição a trabalhar."A gente não para o tratamento para discutir
política com ele", disse Katz. Uip disse que a decisão de concorrer ou não
é do prefeito. "O que cabe a nós é que ele possa fazer a melhor escolha
possível."
Covas
já definiu marqueteiro de campanha (Felipe Soutello) e fechou acordo para ter
apoio de cinco partidos além do PSDB - PSC, Podemos, Cidadania, DEM e PL. Ainda
negocia apoio do Podemos e do MDB. Dessa forma, espera ter o maior tempo de TV
na campanha.
( Fonte: O
Estado de S. Paulo )
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