segunda-feira, 10 de fevereiro de 2020

Israel bloqueia exportações palestinas !


                       

      Israel decretou a nove de fevereiro corrente o bloqueio das exportações agrícolas palestinas, como parte de uma disputa comercial que se intensifica desde o anúncio do controverso plano de paz da Administração Trump para supostamente buscar resolver o conflito entre árabes e israelenses.  O anúncio em tela vem depois de uma semana tensa, com confrontos em que foram mortos cinco palestinos.

         Camuflado atrás de uma expressão dúbia, cujo significado real só é acessível  a especialistas, a proibição odienta, típica da atual política contra o povo árabe, na verdade quer dizer que se proíbe tout court a exportação de mercadorias de origem árabe, dada a atual inexistência de condutos livres para a exportação aos produtos árabes. Em outras palavras, de forma anti-humana, Israel fecha a porta do comércio exterior para as mercadorias de origem árabe.

           Com o apoio, velado ou não, de Donald Trump,  multiplicam-se as provocações e os abusos (ao direito das gentes) aos palestinos, causados pelo governo israelense, que semelha não atentar para o elementar interesse de criar condições humanamente aceitáveis para os próprios vizinhos, e não cercear-lhes os mais elementares direitos usuais na convivência entre os povos. Desrespeitar tudo o que antes se pactuara em matéria de direito internacional e de respeito ao vizinho,parece partir de um ponto de vista que fecha possibilidades de que os palestinos,além de escorraçados em sua própria terra, sequer possam valer-se de direitos elementares do ius gentium. Além de ignóbil e estúpida, tal postura só cria animosidade e ódio. As atuais forças que integram o governo de Israel, ajudadas pela estranha política da Administração Trump, querem impor com a odienta submissão a fome ao Povo Palestino, pois a que outro resultado pode levar o de valer-se das fronteiras não como caminhos para o intercâmbio, mas como muralhas - sem lembrar-se de como esse tipo de construção acaba com as vias do comércio e do intercâmbio, quando a sua função passa  a tentar revestir esse gênero odiento,que é a própria antítese burra do ius gentium ?

( Fonte: O Estado de S. Paulo )

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