O presidente da CNBB, dom Walmor Oliveira de Azevedo, disse
nesta 4ª feira, dia doze de fevereiro, que o órgão católico - que reúne todos
os bispos do Brasil - "está na contramão" de propostas do governo Jair Bolsonaro para exploração
econômica de terras indigenas. Ele também criticou a ausência da sociedade
civil em conselhos como o da Amazônia, liderado pelo vice-presidente Hamilton Mourão.
"Governos e grupos econômicos residem seus interesses
no dinheiro, no lucro", afirmou o arcebispo de Belo Horizonte (MG), que
ainda citou casos como o do rompimento da barragem de rejeitos que destruíu
Brumadinho, há um ano,como exemplo de luta da Igreja Católica contra o avanço
da mineração. "Inclusive quando conquistamos legislação própria para isso
ela não é cumprida adequadamente", disse.
A CNBB ainda não havia se pronunciado
sobre o projeto de lei encaminhado na semana passada pelo Palácio do Planalto
ao Congresso Nacional que estabelece condições para mineração, turismo, pecuária,
exploração de recursos hídricos para gera- ção de energia, bem como de petróleo
e gás natural.
"Somos contrários a tudo aquilo que
prejudica o meio ambiente e os povos nativos. Nós estamos diametralmente
opostos àquilo que atinge e se faz
por interesse meramente econômico, em um desenvolvimentismo que não atende às
necessidades dos mais pobres, mas
pelo contrário, os exclui", afirmou dom Walmor. E criticou a redução dos órgãos consultivos de
participação popular. Para ele, há "risco à democracia".
(Fonte: O Estado de S. Paulo)
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