Ao confirmar ontem as
mudanças no primeiro escalão, o presidente Jair Bolsonaro fez movimento para
rearrumar o governo em ano eleitoral, se distanciando de aliados civis da
primeira hora, e dando ao Palácio do Planalto um perfil militarizado. E sob o
argumento de que é preciso virar a página de crises e mostrar resultados
em áreas críticas, como a social, Bolsonaro voltou a recorrer aos militares,
De
uma só vez, tirou Onyx Lorenzoni da Casa Civil e o transferiu para o Ministério
da Cidadania, no lugar de Osmar Terra (que volta ao Congresso). Já o general
Walter Braga Netto, hoje Chefe do Estado Maior do Exército, assumirá a Casa
Civil.
Na
avaliação de Bolsonaro, os partidos vão querer nacionalizar as disputas
municipais de outubro e esse embate será termômetro para as eleições de 2022,
quando ele pretende tentar a reeleição. O presidente tenciona apresentar ações em todas as áreas - e não apenas na
economia - mas não pretenderia, em princípio,
fazer mais mudanças no gabinete. Quanto a Sérgio Moro, depois de uns trompaços com a estrela da Lava Jato, continua no Ministério da Justiça, prestigiado (mantendo a acepção antiga do particípio), e, por ora, em bons termos com o Palácio do Planalto.
Dentre as queixas que Bolsonaro fazia aos ministros, está a atenção 'exacerbada'
que Onyx dava ao Rio Grande (ele é pré-candidato ao governo gaúcho). De sua
anterior onipresença, ele terá agora a missão de cuidar do Bolsa Família. E há outras "ausências" do círculo
presidencial - por atritos ou tropeços no caminho - como os deputados Luciano
Bivar, presidente do PSL., Julian
Lemos (PSL-PB), Joice Hasselmann
(PSL-SP) e o Senador Major Olímpio (PSL-SP).
( Fonte: O
Estado de S. Paulo )
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