domingo, 9 de fevereiro de 2020

Novo e Rede apelam a doações


                        

         Motivos diversos levaram o Partido Novo e a Rede Sustentabilidade à mesma alternativa de financiamento.  Sem acesso a recursos públicos para manter o respectivo funcionamento, as duas siglas tiveram de recorrer à ajuda dos filiados. Mas as condições financeiras das legendas tomaram caminhos distintos,  que refletem,de certo modo,os seus resultados nas últimas eleições.

            Enquanto o Partido Novo marcou um inegável sucesso nas eleições, sobretudo em Minas Gerais, já a Rede, em parte pelo malogro na participação na eleição presidencial de Marina Silva (em contraste com resultados anteriores), e por isso, os filiados do Novo de João Amoêdo rendem R$ 1 milhão à sigla, o partido de Marina se mantém com R$ 20 mil mensais.

             Nesse contexto, ao contrário do Novo, que não usa recursos públicos por questões de princípios estatutários, a Rede não teve escolha. Sem o desempenho mínimo exigido pela cláusula de barreira, aprovada na reforma eleitoral de 2017 - com o escopo de asfixiar financeiramente siglas sem maior representatividade na Câmara dos Deputados, a Rede Sustentabilidade perdeu acesso ao fundo partidário e à propaganda gratuita na Tevê e no rádio.

                Dentro dessa orientação - explicitada adiante - partidos ditos nanicos como PCO, PMB, PSTU e PRTB também foram privados do uso de tais fundos. Assinale-se que a nova legislação atinge partidos que não alcancem  1,5% dos votos válidos nacionalmente. Esse percentual carece de ser atingido em pelo menos nove estados da Federação, e vai aumentando a cada eleição, até chegar ao patamar mínimo de 3% em 2030. A Rede elegeu apenas uma deputada federal, Joenia Wapichana (RR), enquanto o Novo formou uma bancada de oito parlamentares na Câmara dos Deputados.

                  Em 2019, primeiro ano de vigência da cláusula, a Rede teve de ser custeada com doações de alguns dos seus vinte mil filiados e contribuições voluntárias - no mínimo de R$ 20,00.  Por causa desse aperto, o montante reduzido  serve para pagar o aluguel do diretório nacional e remunerar alguns dirigentes  nacionais e funcionários, o que levou o partido de Marina Silva a cortar algumas prerrogativas, principalmente viagens.

( Fontes: O Globo e o próprio signatário)

Nenhum comentário: