Em
função dos erros no Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), o Ministro da
Educação, Abraham Weintraub tende a
tornar-se alvo da artilharia de parlamentares de vários partidos na retomada
dos trabalhos do Congresso Nacional amanhã, segunda feira, três de fevereiro.
A crise provocada pelos erros nas
notas do Enem levou deputados da
Oposição a prepararem uma ofensiva contra esse Ministro. No entanto, o
cronograma parece por ora jogar a favor
de Weintraub. Se os trabalhos
legislativos devem ser reiniciados amanhã, três de fevereiro, as comissões
temáticas, como a de Educação, só voltem a reunir-se no fim do mês. Com vistas a evitar essa pausa, dada a
gravidade da matéria, parlamentares da Oposição não descartam tentar convocar o
Ministro a depor no plenário ou pedir para que o Presidente da Câmara, Rodrigo
Maia, acelere a recomposição dos colegiados.
Assinale-se que já na última
quinta-feira, o presidente Maia atacara Weintraub publicamente, ao dizer que o
ministro atrapalha o Brasil e brinca com
o futuro das crianças. Relator da
comissão externa que produziu um diagnóstico das ações do MEC no ano
passado, o deputado Felipe Rigoni (PSB-ES) avalia como necessária uma nova
convocação de Weintraub. Como assinala o Estado
de S. Paulo, o trabalho de Rigoni apontara paralisia e ineficiência nessa
Pasta.
Nesse contexto, a integrante da
Comissão de Educação, a jovem deputada
Tabata Amaral (PDT-SP) já solicitara
nova convocação do ministro
Weintraub, para que ele apresente explicações "de forma técnica, transparente e
detalhada" tanto sobre o erro, quanto sobre as providências adotadas pelo
MEC.
Dada a importância da educação, e os seguidos
erros do Ministro Weintraub, parece que seria cortejar o absurdo que o
presidente Bolsonaro - como chegam a aventar deputados governistas - venha a
favorecer a posição do ministro diante dos
ataques da Oposição, ainda que fundamentados na realidade do comportamento
presidencial, que seria "ao contrário da lógica".
Como o barco da
educação deva merecer cuidado e atenção de profissionais respeitáveis, não
creio que o Presidente não tenha - especialmente nesse caso delicado e relevante - a sua atenção voltada
para o perigo - inclusive político - de manter um ministro que tanto pode
prejudicar a classe estudantil, que - como grita e clama o elementar bom senso - carece de muita competência profissional e não de alguém desse abismal nível.
( Fonte: O
Estado de S. Paulo )
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