quarta-feira, 12 de fevereiro de 2020

Marielle: Aras quer federalizar investigação


                     
         A PGR  avalia que a morte do ex-capitão do BOPE, Adriano Magalhães da Nóbrega, de 43 anos, dá ainda maior força  à necessidade de federalização das investigações do caso Marielle Franco e Anderson Gomes.  Segundo Andréia Sadi, o procurador-geral Augusto Aras considera que "a cada fato novo envolvendo  personagens ligados ao 'Escritório do Crime, maior é a necessidade de se conduzir investigação afastada do Estado do Rio."

          Morto pelo Bope baiano no último domingo (V. meu blog de ontem) - teria reagido a tiros ao ser encontrado, Adriano era acusado de comandar o grupo de assassinos de aluguel, conhecido como Escritório do Crime. Assinale-se que o PM reformado Ronnie Lessa, apontado como um dos seus integrantes, foi preso em 2019, sob a suspeita de executar a vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes, na noite de 18 de março de 2018.
            O Ministro da Justiça e da Segurança Pública, Sérgio Moro, apoiava a federalização das investigações, mas, depois que a família de Marielle se opôs à medida, parou de defender a idéia. Sem embargo, procuradores agora querem detalhes sobre a morte de Adriano, que, de acordo com seu advogado Paulo Emílio Catta Preta, pode ter sido uma "queima de arquivo".

            Em telefonema da terça-feira (dia 4 de fevereiro), ele (Adriano) disse a seu advogado: "doutor, ninguém está aqui para me prender, querem me matar". Foi o que disse o  advogado, horas após seu cliente levar dois tiros em sítio no município baiano de Esplanada, a 170 km de Salvador.  

( Fonte: O Globo )

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