Pelo menos oito pessoas morreram e outras cinco ficaram gravemente
feridas ontem, 19 de fevereiro, em dois ataques ocorridos em bares no centro da
cidade de Hanau, perto de Frankfurt, na Alemanha.
De
acordo com a imprensa local, os agressores teriam atirado de um carro em
movimento, por volta das 22 horas.
Segundo a Polícia, o carro fugiu. Nesse sentido, foi montada uma
operação especial para capturar os atiradores. Segundo testemunhas, houve oito
ou nove tiros. Até o início da noite de
ontem, ainda não se dispunha de informações sobre a identidade dos atiradores,
assim como a motivação do ataque.
Atentados a tiros são raros na
Alemanha. Em julho de 2016, um atirador realizou ataques consecutivos em
Munique, espalhando pânico pelas ruas da cidade. Os disparos principiaram em uma lanchonete
McDonald's, próxima do shopping Olympia-Einkaufszentrum.
As autoridades declararam que o responsável era um único atirador, Ali David Sonboly, de
dezoito anos, de origem iraniana, que se suicidou em seguida. Com uma pistola
Glock, ele matou dez pessoas e deixou outras dez feridas;
Na ocasião, o ataque foi considerado um dos piores da história da
Alemanha, mais grave até que o atentado de 1986, quando agentes líbios
plantaram uma bomba em uma discoteca de Berlin, matando três pessoas e ferindo
231.
A ação terrorista de maior repercussão na
Alemanha foi o massacre durante as Olimpíadas de Munique, em 1972. Na ocasião, a então quase desconhecida
organização terrorista Setembro Negro conseguiu driblar a segurança da Vila
Olímpica e entrar nos alojamentos da equipe israelense, matando dois atletas e
tomando outros nove como refém, na tentativa de libertar 200 prisioneiros
palestinos presos em Israel.
Todos os reféns, cinco dos oito terroristas e um policial da Alemanha
Ocidental morreram na tentativa de resgatar os atletas. A tragédia, conhecida como "O massacre
de Munique" quase provocou o cancelamento dos Jogos. Depois de um dia de
suspensão, para as homenagens aos mortos, acompanhadas no Estádio Olímpico por
80 mil espectadores, o presidente do COI, Avery Brundage, decidiu pela continuidade
da Olimpíada.
( Fonte: Estado
de S. Paulo )
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