sábado, 3 de dezembro de 2016

Trump telefona para Ma Ying-jeou!

                           

         Provocou frisson nervoso na mídia americana a suposta audácia de Donald Trump em telefonar para a atual presidente de Formosa, Ma Ying-jeou. O jornalão The New York Times chegou a especular sobre eventual crise com a República Popular da China.
        Como se sabe, desde 1979 nenhum presidente americano - e foram vários, desde Richard Nixon - terá ousado comunicar-se ostensivamente por telefone com a maior autoridade da China insular, por deferência a Beijing, cujas relações diplomáticas a Superpotência reatara por iniciativa da dupla Nixon-Kissinger.
         Para surpresa de muitos, o novo líder chinês Xi Jin-ping evidenciou muito mais bom senso do que a grande mídia estadunidense.
         É difícil por certo encontrarmos tópicos e situações em que estejamos de acordo com o presidente-eleito Trump (se as recontagens de Pennsylvania, Michigan e Wisconsin derem chabu), mas depois de tantos anos, tudo esse cuidado e luvas de pelica me parecem algo fora de propósito.
         Passados cerca de 37 anos do reconhecimento por Washington da China comunista - e das medidas de proteção ao governo chinês insular - há óbvio exagero em que o líder da superpotência, seja ele quem for, continue a apegar-se a postura que tem algo de excessivamente deferente para com os senhores de Beijing.
          O telefonema de Donald Trump quebra ritual que era marcado pelas luvas de pelica na deferência para com a República Popular da China. Se contribuir para normalizar  situação que desde muito não corresponde à realidade factual, o presidente-eleito americano terá atuado, consciente ou não, para normalizar estado de coisas que há muitos anos grita por ser reconhecido.




( Fonte: The New York Times )                                                                                   

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