Nas pastas do Meio
Ambiente, Trabalho e Saúde, as prováveis indicações do presidente-eleito são de levantar os
cabelos.
Scott Pruitt, que
cuidará da E.P.A. (Agência de Proteção Ambiental) é o maior amigo da
indústria do petróleo. Ele costumava enviar cartas ao governo reclamando das
estimativas "exageradas" da poluição causada pelas perfurações de gás
e petróleo. Na verdade, tais cartas foram escritas por lobistas de uma grande
indústria petrolífera. Opôs-se igualmente a medida de redução de ozônio e
mercúrio. Se tal não bastasse, afirmou que a contribuição humana para o
aquecimento global "ainda está sujeita a discussão".
Cathy McMorris Rodgers, deputada republicana, deve chefiar o Departamento do Interior, encarregado de proteger os
parques nacionais, reservas indígenas e áreas públicas do país. Péssima
notícia para a população em geral e boas novas para a indústria. Mrs Rodgers
defende a abertura de reservas para a mineração e exploração de gás e petróleo.
Andy
Puzder, escolhido para o Ministério
do Trabalho, é dono de cadeia de restaurantes fast-food. Opõe-se à elevação do
salário mínimo e a que os empregados recebam por hora extra.
Linda McMahon (valor
bruto US$ 1,16 bilhão) para o
departamento de pequenas empresas. Ela promove campeonatos de luta-livre...
Wilbur Ross (US$ 2,9
bilhões), no Departamento do Comércio: Trump vai usar todos os meios possíveis,
inclusive tarifas, para defender os empregos da indústria americana.
Betsy DeVos (US$ 5,1
bilhões) chefiará o Departamento da Educação. Ela se opõe às escolas públicas.
Michael Flynn (general
da reserva), assessor da Segurança Nacional (advertiu do perigo da
disseminação da lei islâmica nos Estados Unidos; o seu filho disseminava
notícias falsas)
Falar de gilded age para a Administração Donald Trump, como afastamento da
sociedade atual é pouco. O reacionarismo permeia muitos desses indicados, que
no melhor dos casos serão inúteis, quando não sejam perniciosos para os EUA e o
mundo civilizado.
( Fonte: Folha de S. Paulo )
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