Creio muito
oportuna a nota-editorial do Estado de
S.Paulo, datada de dezesseis do corrente, sob o título O dedo do PT.
É de toda importância que os
responsáveis por badernas travestidas de manifestações sejam individuados e
sinalizados.
Com efeito,
os atos de vandalismo, travestidos de manifestações, promovidos em várias
capitais, mas com destaque em Brasília e São Paulo, que se apresentavam contra
a aprovação da emenda constitucional que estabelece limites aos gastos da União
nos vindouros vinte anos, a chamada PEC do Teto, o que significam na verdade e
quem está por trás desses atos de vandalismo?
Na verdade, esses atos e distúrbios
teleguiados dão idéia da irresponsabilidade daqueles que levaram
o País a uma das piores crises de sua história e ainda querem, agora,
criar todas as dificuldades para a adoção das medidas que se impõem para
consertar o estrago monumental que eles fizeram. Tudo isso vem misturado ao
ódio e ressentimento cultivados pelo PT e seus apêndices, os chamados
movimentos sociais, nos anos em que estiveram no poder.
Diga-se de
paso dois elementos importantes: excluído o Estadão, outros jornais podem
noticiar dos estragos feitos e do eventual inevitável transtorno à cidadania
das metrópoles atingidas, mas nenhum deles - se me engano, gostaria que m'o
assinalassem - fornece elementos como o faz o jornal paulista, que não trepida
em sinalizar os eventuais responsáveis. A eles chegaremos.
Creio
relevante, no entanto, sublinhar a característica básica dessas hordas de
elementos que nada têm a ver com o diálogo político democrático e, mesmo, com
demonstrações que respeitam o direito da outra opinião.
Esses ditos
movimentos sociais do PT não diferem seja das SA, a Sturmabteilung (camisas
pardas), esta chefiada pelo nazista Ernst Rohm, e da Schutzstaffeln, a SS (uniforme
negro) que sobreviveria à sublevação da SA,
e que se tornaria ainda mais perniciosa, através de seu posterior
envolvimento com os campos de extermínio dos judeus e dos opositores do
nazismo. Adolf Hitler ao instituí-las, com em outros aspectos, imitou o
fascismo de Benito Mussolini, com seus bandos de alas de intimidação e de 'proteção'.
Tampouco os comunistas fugiam da regra, eis que tinham legiões de arruaceiros, cujo escopo precípuo era a
intimidação dos adversários e a eventual proteção dos líderes do PC.
Mas
voltemos aos ditos "movimentos sociais do PT". Para tanto, o Estadão é a fonte: "De
norte a sul, do Acre ao Rio Grande do Sul", em 14 capitais, aquilo a que
se assistiu na 3ª feira passada, tão logo o Senado concluíu a aprovação da
matéria, não foi manifestação legítima de protesto. Foi um festival de violência de quem, por seu
espírito autoritário, se julga dono da verdade e vê no outro um inimigo a
abater, não um adversário com que deve conviver. Mesmo que para isso -
frustrado por perder o poder, seus privilégios e suas "boquinhas" -
tenha de apelar para o quanto pior, melhor.
Brasília.
Cinco mil baderneiros - segundo a PM - atacaram pontos de ônibus e
destruíram vários carros. Só dentro de uma concessionária invadida e
depredada, foram dezesseis deles. A polícia, que teve de usar bombas de efeito
moral para a muito custo, dispersar os baderneiros, foi por eles atacada com
pedras e bolas de gude. Mais de setenta deles foram detidos e cinco policiais
ficaram feridos.
Cenas semelhantes se repetiram em outras cidades, como no Recife,
onde pneus foram incendiados e
uma importante via bloqueada. O escopo de queimar pneus se insere na intenção
de criar a maior confusão e transtorno possível, com vistas a afetar de modo
sensível a circulação de veículos.
Em
São Paulo, onde esses indivíduos são especialmente bem organizados e treinados,
os baderneiros se reuniram na Avenida Paulista, onde o alvo principal da sua missão foia Federação das
Indústrias (FIESP) - sua sede foi
invadida e depredada. Lá dentro foram
soltados rojões. Tal vandalismo nada ficou a dever aos seus modelos fascista e
nazista. As deploráveis cenas de violência vandálica foram transmitidas pela
TV, e não deixam qualquer dúvida que só por sorte essa boçalidade coletiva não
se transformou em tragédia.
Em nota, afirma a FIESP
que "os vândalos portavam bandeiras do PT e da CUT" e que a ação
colocou em risco seus funcionários e os do SESI e do SENAI que saíam do local,
além de frequentadores do Centro Cultural Fiesp, que oferece exposições e
espetáculos teatrais gratúitos.
A reação do
coordenador nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST), o notório
Guilherme Boulos, mostra absoluta insensibilidade e indiferença aos riscos aos quais sua tropa
de choque expôs a população: "A Fiesp representa o que não presta no
Brasil. O dano da fachada da Fiesp é muito pouco perto do dano que ela está causando há muito
tempo ao povo do Brasil". Ou seja, pode destruir tudo - ali e nos outros
locais atacados Brasil afora - mesmo que isso coloque muitas vidas em risco.
Já sabendo que a
população tem razões de sobra de ver seu dedo - para dizer o mínimo - na
baderna, o PT soltou a seguinte nota, que
é um primor de desfaçatez e cinismo, em que afirma: "não teve
qualquer participação nos eventos atribuídos a militantes de nosso partido na sede da Fiesp em São Paulo. Mais uma vez
os que sempre atacam o PT querem de novo que paguemos o pato".
O editorial do
Estadão manifesta admiração pelo fato de que o PT - que colocou o Brasil no
buraco e agora aponta o dedo acusador para os que querem tirá-lo daí - inverta
por uma vez mais a situação.
No entender do Estado de S.
Paulo "quem tem que 'pagar o pato' pela violência dos manifestantes é ele, sim.
Foi o PT que dividiu o país entre "nós" e "eles" e insuflou
a violência por meio do "exército do Stédile" (MST) e depois também
pelo de Boulos (MTST), e de tantos outros movimentos ditos sociais (foram
trinta os que participaram do vandalismo de terça-feira).
Segundo
afirma o parágrafo final do comentário editorial do Estadão "o País está
colhendo, e não é de hoje, a tempestade provocada pelos ventos que o PT soprou
e continua a soprar, apesar de o que diz sua nota malandra. Por trás da baderna e de Boulos, está, com efeito, o
Partido dos Trabalhadores.
( Fonte: O Estado de S. Paulo )
Nenhum comentário:
Postar um comentário