Provocou desconforto
o recuo do Produto Interno Bruto (PIB), no terceiro trimestre. Para surpresa de
muitos, a queda é intensa e disseminada. O retrocesso é de - 0,8% no trimestre.
Já no segundo trimestre a queda fora menor (- 0,4%). Houve então até pequenas
altas na indústria e nos investimentos, mas agora (entre julho e setembro)
houve retração generalizada, afetando ainda a agricultura, serviços,
exportações, importações, consumo das famílias, gastos do governo e ainda onze
dos treze subsetores avaliados pelo IBGE.
O resultando, vindo pior do que o
esperado por analistas, e eles agora já não descartam a possibilidade de
estagnação ou até mesmo nova retração em 2017, ainda que o cenário básico seja
de crescimento.
Dessarte, o país caminha para
registrar sua recessão mais longa e
intensa da História recente. Em verdade, supera até mesmo as crises de 1981 a
1983 (que ajudaram a derrubar o regime militar). Então houve até moratória da
dívida externa, e de 1989 a 1992, o erro
grotesto do recurso ao confisco de Collor, que tantas desgraças e infelicidades
provocou. É estranho que um período tão marcado pelo discricionarismo econômico
(um exercício cruel, inútil e ao cabo desastroso) do irresponsável confisco do
Governo de Fernando Collor, sob a orquestração da Ministra Zélia.
Para que se tenha idéia do retrocesso
sofrido, o PIB brasileiro retorna ao patamar de seis anos atrás! O resultado
acumulado em doze meses ficou negativo
em 4,4%. Foi um pouco melhor do que o tombo anterior de 4,8% no segundo
trimestre.
O horizonte para a saída dessa
recessão está bastante enfarruscado. De onde virá a força para a retomada na
economia? As dúvidas aumentam com o
setor externo que se vê prejudicado pela queda do dólar. Por sua vez, o consumo das famílias - com
sete trimestres de queda - se acha restrito pelo desemprego e pela queda na
renda.
As previsões da ING Global Markets
antes previa um crescimento de 1,7% para 2017. Agora, a estimativa encolhe par
0,9%.
As projeções positivas para a
economia em 2017 são algo favoráveis. A
safra de produtos relevantes deve crescer dois dígitos. A agricultura sozinha
representa só 5% do PIB, mas o agronegócio como um todo espera um cenário mais
favorável em 2017.
Há esperanças quanto ao setor
automobilístico, de propriedade estrangeira. Se for mantida a média de oito mil
unidades/dia em 2017, as vendas de automóveis e de comerciais leves subiriam de
5%.
(Fonte: Seção econômica de O
Globo)
Nenhum comentário:
Postar um comentário