quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

E a economia, hein ?!

                             
        Provocou desconforto o recuo do Produto Interno Bruto (PIB), no terceiro trimestre. Para surpresa de muitos, a queda é intensa e disseminada. O retrocesso é de - 0,8% no trimestre. Já no segundo trimestre a queda fora menor (- 0,4%). Houve então até pequenas altas na indústria e nos investimentos, mas agora (entre julho e setembro) houve retração generalizada, afetando ainda a agricultura, serviços, exportações, importações, consumo das famílias, gastos do governo e ainda onze dos treze subsetores avaliados pelo IBGE.
         O resultando, vindo pior do que o esperado por analistas, e eles agora já não descartam a possibilidade de estagnação ou até mesmo nova retração em 2017, ainda que o cenário básico seja de crescimento.
         Dessarte, o país caminha para registrar  sua recessão mais longa e intensa da História recente. Em verdade, supera até mesmo as crises de 1981 a 1983 (que ajudaram a derrubar o regime militar). Então houve até moratória da dívida externa, e de 1989 a  1992, o erro grotesto do recurso ao confisco de Collor, que tantas desgraças e infelicidades provocou. É estranho que um período tão marcado pelo discricionarismo econômico (um exercício cruel, inútil e ao cabo desastroso) do irresponsável confisco do Governo de Fernando Collor, sob a orquestração da Ministra Zélia.
        Para que se tenha idéia do retrocesso sofrido, o PIB brasileiro retorna ao patamar de seis anos atrás! O resultado acumulado em doze meses ficou negativo  em 4,4%. Foi um pouco melhor do que o tombo anterior de 4,8% no segundo trimestre.
         O horizonte para a saída dessa recessão está bastante enfarruscado. De onde virá a força para a retomada na economia?  As dúvidas aumentam com o setor externo que se vê prejudicado pela queda do dólar.  Por sua vez, o consumo das famílias - com sete trimestres de queda - se acha restrito pelo desemprego e pela queda na renda.
          As previsões da ING Global Markets antes previa um crescimento de 1,7% para 2017. Agora, a estimativa encolhe par 0,9%.
          As projeções positivas para a economia em 2017 são algo favoráveis.  A safra de produtos relevantes deve crescer dois dígitos. A agricultura sozinha representa só 5% do PIB, mas o agronegócio como um todo espera um cenário mais favorável em 2017.
           Há esperanças quanto ao setor automobilístico, de propriedade estrangeira. Se for mantida a média de oito mil unidades/dia em 2017, as vendas de automóveis e de comerciais leves subiriam de 5%.


(Fonte:  Seção econômica de O Globo)  

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