Despedida de Gisele Bündchen
Ao contrário de
outras, que pensam poder prorrogar a partida das passarelas, a übermodel preferiu fazê-lo quando está
em plena beleza e forma. Não há dúvida que vai deixar saudades, enquanto o
grupo de sucessoras tenta o impossível.
Afinal, o seu
reinado foi longo, e a presença marcante. É de augurar-se que a sua partida não
seja total, mas saber a hora certa de passar a um outro nível, que se abre
sempre a quem possui a experiência, o renome e a exposição que a tem acompanhado,
constitui decerto atitude que é a um tempo inteligente e apropriada.
Não surpreende,
portanto, a sua alegria ao desfilar nessa ocasião, que uma vez mais enfatiza a
própria qualidade mestra. Tudo a seu tempo, inclusive a peça que a ele se
prega, ao partir-se em plena forma.
Dengue
As epidemias de dengue não
surgem por acaso. As havidas no Rio – e quem há de esquecer aquela em que Sua
Senhoria Cesar Maia chegou a pedir orações para que o Aedes Aegipti voasse para
o mar – respondem à varias causas. A canícula do verão – que é a melhor
incubadeira para esse vetor da dengue -, a ignorância da população (que convive
com poças d’água nas próprias moradas - agua parada em pratos de plantas, pneus,
piscinas e tanques não-clorados, bromélias e outras plantas que armazenam a
água da chuva, etc.), as casas fechadas (mas não aos mosquitos) que infestam a
vizinhança, a desatenção das autoridades ditas competentes (de governador,
prefeito para baixo), que nada dizem e nada fazem, esperando que o desastre de
Sâo Paulo aqui não ocorra.
Como até malária já ameaça surgir nas
cercanias das capitais – região dos Lagos – estranha não pouco, que aqui se trate a
epidemia de São Paulo como se fora surto ocorrido na Lua. Afinal, são
regiões vizinhas, que compartilham bacias hidrográficas. Porque as autoridades
– tanto Eduardo Paes, Prefeito do Rio de Janeiro, quanto Pezão, o simpático e humano Governador do Estado – não se
referem à questão, nem tratam de iniciar campanhas para debelar eventuais
surtos. Ou será que os mosquitos da
dengue – e essa frota tende a crescer, com as diversas subespécies que podem
ser vetoras do mal – tremerão nas bases, quando souberem que as Olimpíadas do
Rio estão marcadas para o meio-ano próximo?
Com as condições de higiene pública que
aqui imperam, as altas autoridades citadas fariam melhor se tentassem cortar o mal pela raiz...
( Fonte: Rede Globo )
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