quinta-feira, 16 de abril de 2015

Rescaldo da Véspera


                                    

Despedida de Gisele Bündchen

 

      Ao contrário de outras, que pensam poder prorrogar a partida das passarelas, a übermodel preferiu fazê-lo quando está em plena beleza e forma. Não há dúvida que vai deixar saudades, enquanto o grupo de sucessoras tenta o impossível.

      Afinal, o seu reinado foi longo, e a presença marcante. É de augurar-se que a sua partida não seja total, mas saber a hora certa de passar a um outro nível, que se abre sempre a quem possui a experiência, o renome e a exposição que a tem acompanhado, constitui decerto atitude que é a um tempo inteligente e apropriada.

       Não surpreende, portanto, a sua alegria ao desfilar nessa ocasião, que uma vez mais enfatiza a própria qualidade mestra. Tudo a seu tempo, inclusive a peça que a ele se prega, ao partir-se em plena forma.

 

Dengue 

 

       As epidemias de dengue não surgem por acaso. As havidas no Rio – e quem há de esquecer aquela em que Sua Senhoria Cesar Maia chegou a pedir orações para que o Aedes Aegipti voasse para o mar – respondem à varias causas. A canícula do verão – que é a melhor incubadeira para esse vetor da dengue -, a ignorância da população (que convive com poças d’água nas próprias moradas - agua parada em pratos de plantas, pneus, piscinas e tanques não-clorados, bromélias e outras plantas que armazenam a água da chuva, etc.), as casas fechadas (mas não aos mosquitos) que infestam a vizinhança, a desatenção das autoridades ditas competentes (de governador, prefeito para baixo), que nada dizem e nada fazem, esperando que o desastre de Sâo Paulo aqui não ocorra.

        Como até malária já ameaça surgir nas cercanias das capitais – região dos Lagos – estranha não pouco, que aqui se trate a epidemia de São Paulo como se fora  surto ocorrido na Lua. Afinal, são regiões vizinhas, que compartilham bacias hidrográficas. Porque as autoridades – tanto Eduardo Paes,  Prefeito do Rio de Janeiro, quanto Pezão, o simpático e humano Governador do Estado – não se referem à questão, nem tratam de iniciar campanhas para debelar eventuais surtos.  Ou será que os mosquitos da dengue – e essa frota tende a crescer, com as diversas subespécies que podem ser vetoras do mal – tremerão nas bases, quando souberem que as Olimpíadas do Rio estão marcadas para o meio-ano próximo?

        Com as condições de higiene pública que aqui imperam, as altas autoridades citadas fariam melhor se tentassem cortar o mal pela raiz...

 

( Fonte: Rede Globo )

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