Acordo Nuclear EUA-Irã
Segundo notícia
do New York Times, em Genebra, mãe e madrasta de tantos acordos, alguns
marcantes e muitos destinados ao rio do Letes, Estados Unidos e Irã chegaram a
um entendimento geral sobre medidas a
serem tomadas eventualmente no contexto do programa nuclear iraniano.
Dadas as
intricâncias e a delicadeza da matéria, fica para junho vindouro o acordo
conclusivo que daria à Administração Barack Obama os fundamentos necessários
para asseverar que todos os caminhos do Irã para fabricar a arma nuclear foram
cortados.
Tanto o Ministério do Exterior da Alemanha,
quanto o Presidente Hassan Rouhani, do Irã, concordaram em que os parâmetros
básicos para a estrutura de um acordo definitivo foram alcançados, ficando os
detalhes para serem negociados até 30 de junho p.f.
Não obstante,
de acordo com diplomatas do Ocidente, a cautela é necessária, eis que no que
tange a vários dos tópicos chave debatidos na semana passada pelo Secretário de
Estado John Kerry e sua contraparte iraniana, Mohammad Javad Zarif, ainda
restam discrepâncias significativas.
O recém-reeleito
Primeiro Ministro de Israel, Benjamin Netanyahu continua a desempenhar o seu
papel auto-assumido de contestador
oficial quanto às perspectivas de entendimento confiável, no que tange ao
eventual fabrico pelo Irã de engenho nuclear.
Mais um ataque contra cristãos
A facção
al-Shabab fez mais um ataque ao Quênia.
Na quinta-feira, um comando dessa milícia ligada a al-Qaida matou 147
estudantes e deixou 79 feridos, na universidade de Garissa. Situada no nordeste queniano, a ação
criminosa segue a linha de intolerância extrema do Isis e do Boko-Haram, que
são facções, em geral bem armadas, que vêem no cristão não um ser humano como
eles próprios, mas o inimigo mortal, por razões ligadas ao maniqueísmo desses
grupos.
A falência
de certos estados, como a Somália (caso extremo), mas também a anarquia armada
na Síria, Líbia e no próprio Iraque constituem o ambiente para que tais sociedades se desenvolvam. Releva notar,
outrossim, que representa um imã de peculiar atração para as correntes de
aderentes para tais formações a-sociais – a par da inadaptação de certas
etnias, como se verifica em subúrbios e quase-favelas na França, no Reino
Unido, sem esquecer a corrupção
governamental na Nigéria, de que se vale o Boko-Haram – acorrerem aos atuais terreiros
propícios para a aglutinação destas minorias, as quais tendem a ser mais ou
menos integradas (e belicosas) de acordo com as circunstâncias do estado
anfitrião. Tal processo reedita, de
certo modo, na cercania de estados mal
ou bem integrados nas práticas civilizadas
o que foi, na longínqua decadência do Império Romano do Ocidente o papel
de comunidades bárbaras semi-aculturadas,
a que a enfraquecida Roma admitia (ou tolerava) a presença nos limites dentro
ou na imediação das antigas divisas imperiais, no seu papel de proletários internos e
externos do antigo território romano, agora em fase de decadência no tardo Império
Romano.
(Fontes:
The New York Times; A Study of History, Arnold. Toynbee; Folha de
S. Paulo).
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