Saída de Marta do PT
Segundo alega, pelo
tratamento recebido, a Senadora Marta Suplicy está deixando o PT (vai para o
PSB). Sai atirando contra a corrupção no partido, além do mau tratamento
recebido nos últimos tempos.
Compreende-se
que a expoente do antigo PT tenha tido grande dificuldade em digerir a coroada
mediocridade de Dilma Rousseff, assim como o último poste, i.e. Fernando Haddad.
Marta muitas
coisas trouxe ao moinho do PT, vencendo duras batalhas contra os lock-outs dos donos dos ônibus, além de
haver introduzido o passe único (de três horas) em favor dos usuários dos
transportes coletivos.
Nesse tipo
de separação contenciosa, as baixarias tendem a proliferar. No entanto, de
acordo com a legislação, se afirma lícito que o PT pretenda reivindicar
judicialmente o que resta do mandato senatorial de Marta. A conferir, eis que
nem sempre sai como as partes supõem.
Novo crime policial contra o negro americano
Nesses últimos
tempos, vários crimes de policiais brancos têm matado afro-americanos. Nos
casos em tela, as polícias em geral se assinalam não só por sua brancura, mas também pelo tratamento rude,
desrespeitoso e às vezes criminoso com que visitam infelizes negros que porventura lhes cruzam o
caminho.
Nesse
contexto, é tristemente informativo vislumbrar, com atônita surpresa, o tiro pelas
costas dado em afro-americano que procurava afastar-se correndo (com razão,
pelo visto) do policial, e a maneira fria com que este o abate mortalmente,
como se participe de anódino exercício de treinamento de pontaria.
Na semana
passada, em Baltimore, Freddie Gray foi levado para a
delegacia. Como inculpação, ele detinha um canivete (o que para a polícia
branca dessa cidade, já basta para assinalar –lhe a suspeição).
A surra que aplicaram em Freddie –
que era um homem jovem e robusto – foi a tal ponto que lhe fraturou a medula
espinhal. A estúpida morte de mais um afro-americano nas mãos de polícia
violenta e racista, em que são numerosos os descendentes de poloneses e de
outras etnias europeias, provocou compreensível e incontrolável revolta na
comunidade negra.
O fato de
os Estados Unidos terem um presidente negro não parece diminuir a postura
preconceituosa e racista de sua polícia municipal, como os diversos incidentes –
em geral mortais para as vítimas afro-americanas – na Flórida e em Missouri, e
agora em Maryland, bastante próxima da
capital onde Barack Obama vive na Casa Branca, semelham peças de um falso
quebra-cabeças. Tampouco colabora para a reconciliação, a maneira unidirecional
do tratamento judiciário, em que os brancos são os inocentes, e os negros,
culpados.
A
comunidade negra reage, em motins e desordens generalizadas. Tem sido assim,
desde o assassínio de outro negro, na Califórnia – se não me engano na década
final do século vinte - também pela
polícia municipal de Los Angeles. É mais do que compreensível a reação, embora
sirva sobretudo para tornar a situação ainda mais tensa.
Diante
da violência policial branca e da reação da comunidade negra, revoltada e com
razão, pela postura preconceituosa de aparato de segurança em que os brancos em
geral predominam, a única saída para esta crise estaria talvez na formação de
unidades policiais mistas, em que negros e brancos coexistissem e operassem
juntos.
Dentro
de formações em que brancos e negros se alternariam no comando, e em que o
preconceito seria penalizado fortemente, reside a esperança de que a cooperação
na luta contra os malfeitos tenda a aproximar as comunidades.
Será
esperar demasiado no triunfo do bom-senso?
Inflação e Desemprego
A
carestia tem efeito evidente nos salários, ao observar-se que a renda nominal
(sem correção monetária) cresceu 5% (comparando com março de 2014),
abaixo, portanto, da inflação registrada no período.
Por
outro lado, em termos de desemprego,
há dois dados que marcam a gravidade da crise no Brasil: de março de 2014 a março de 2015, o
crescimento da população desempregada foi de 23,1%; por outro lado, no último
trimestre (dezembro/2014 a março/2015), o incremento do desemprego passou de
4,3% a 6,2% .
( Fontes: O Globo, Folha de S. Paulo, The New York Times )
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