Persiste reprovação a Dilma
A pesquisa Datafolha hoje divulgada não traz novidades, mas tampouco acena com eventuais boas notícias para Dilma Rousseff. Os que avaliam o seu governo como ruim/péssimo de 62% na última pesquisa passaram para 60%, o que é interpretado como estabilização do conceito negativo.
Por outro lado,
houve ligeira alça nos que lhe classificaram a administração como regular
(27%), elevando-se de 24% da consulta
anterior.
No que tange
aos que consideram como ótimo/bom o
governo, ficaram na mesma, estacionados em 13%.
Não é de
estranhar, portanto, que 63% dos
interrogados digam sim à abertura de processo de impeachment, enquanto 33%
se manifestem contrários.
A pesquisa
Datafolha mostra que 64% dos
brasileiros ignora quem é o Vice-Presidente.
Por fim, os protestos
tem o apoio de 75% dos entrevistados.
Os Protestos de Rua
No entanto, não
é de ignorar-se que para 57% dos
interrogados ela sabia da corrupção na
Petrobrás e deixou que acontecesse.
Realmente, é
difícil de engolir que ela tenha permanecido por dez anos como chefe do Conselho de Direção da Petrobrás, e nada, mas
nada mesmo, haja sabido a respeito.
Na hipótese dos
companheiros fiéis, se o comportamento foi esse mesmo, das duas, uma: ou não
queria saber, ou, como Paulo Salim Maluf,
ela não estava nem aí...
O aperto de mão de
Barack Obama e Raul Castro não ocorre por primeira vez. Já sucedera no enterro
de Nelson Mandela (2013) por iniciativa de Obama. Sem embargo, é
importante que o gesto se repita, e seja
continuado por histórica reunião entre os dois presidentes na 7 ª Cúpula das Américas, na Cidade do Panamá.
A imprensa
noticia que o encontro põe fim a mais de meio século de silêncio entre os
líderes dos dois países. A menção de que Obama não anuncia o fim do embargo, ou
a retirada de Cuba da lista de países que apoiam o terrorismo, não depende
estritamente do Presidente (pelo menos no caso do fim do embargo, em que o
Congresso terá de manifestar-se, e sendo agora de maioria republicana, é pelo menos duvidoso que o GOP se anime a endossar por ora tal
iniciativa).
Nos resumos de
imprensa sobre esses dez lustros de contraposição, não se entrevê menção da
atuação do Presidente Jimmy Carter (1976/80). E, no entanto, esse
democrata, a despeito de limitado a um só mandato, fez com que se criassem
escritórios de relações diplomáticas entre os dois países (na prática, missões
diplomáticas), e muito provavelmente teria conseguido a normalização das relações americanas e
cubanas em seu segundo mandato (que não houve, por especial cortesia de Ronald
Reagan). É típico do presente
desconhecer o passado, mormente aquele com que a autoridade do momento nada tem
a ver. Mas não seria mau, porque Carter, se lhe coube a infelicidade do
incidente dos reféns americanos na ex-embaixada em Teerã, foi pela sua política
de apoio aos direitos humanos (com reflexos no Brasil do general Ernesto Geisel), um
primeiro mandatário que abriu (ou entreabriu) muitas portas a esses direitos
primordiais do ser humano, que Washington antes na prática desconhecia.
Nicolás Maduro exige o fim das sanções estadunidenses...
Embora deva
saber que são gestos ôcos, disse Maduro
que estendia a mão para conversar com Barack Obama, mas também exigiu a
revogação do decreto que impõe sanções contra autoridades militares de seu
país.
Desses sete
venezuelanos, cinco são militares, um é híbrido, e a única mulher é promotora.
Por certo, não
há santos nessa lista. Sem querer enfadar o leitor, mencionemos apenas dois: o General Gustavo González López,
‘mereceu’ a sanção na condição de diretor-geral do Serviço Bolivariano de
Inteligência Nacional (SEBIN) pela eficiente violência com que esse serviço
brucutu (na prática une o SNI às agências militares atuantes nos porões da
ditadura dos ‘nossos generais’) prendeu manu
militari e sem alvará judicial o Prefeito de Caracas, Antonio Ledezma.
Por outro lado,
Katherine Harrington foi ‘distinguida’
pelas sanções americanas, por sua condição de promotora do Ministério Público
em Caracas. O fato de haver penalizada
por Tio Sam implicou em um empurrão
na carreira repressiva de Katherine, eis que foi prontamente nomeada
Vice-Ministro do Sistema Integrado de Investigação Penal...
E balbucia de emoção por um
agrado de Rhodes
“Os Estados Unidos
não acreditam que a Venezuela seja uma ameaça à segurança nacional”. Esta
declaração de Ben Rhodes, assessor de
Segurança Nacional da Casa Branca foi
aceita com exultante emoção pelo Presidente Maduro, que o definiu como seu amigo e camarada. (É desconhecida se
existe alusão também a Roberto Carlos).
Rhodes
explicara a inclusão da Venezuela na lista de países que representam ameaça à
segurança dos Estados Unidos como medida pro
forma, para poder justificar legalmente a aplicação das sanções...
Ruídos iranianos quanto ao fim do embargo
Não surpreende
que o Líder Supremo do Irã, o ayatollah Ali Khamenei, cobre agora maior
rapidez no fim das sanções ocidentais contra Teerã.
Pelo
cronograma divulgado pelos EUA, o Irã se compromete a fechar três de suas cinco
usinas nucleares e reduzir o nível de enriquecimento de urânio para 3,67%,
patamar em que é possível produzir energia elétrica.
Em troca,
americanos e europeus se comprometem a retirar as sanções econômicas ao país
assim que fôr confirmado o cumprimento de cada etapa do acordo.
Ali
Khamenei veio a público para reforçar as exigências do principal negociador iraniano, Hasan Rowhani, que é o
presidente daquele país. “Todas as sanções devem ser retiradas juntas no mesmo
dia do acordo, não em seis meses ou um ano. Se a remoção das sanções depende de
outro processo, por que nós começamos a negociar ?”
Esse endurecimento
de Ali Khamenei se refletiu em declaração do Presidente Hasan Rowhani: “Nós não
assinaremos nenhum acordo, a menos que as sanções econômicas sejam totalmente
retiradas no primeiro dia de
implementação do acordo.”
Note-se que
tais declarações, datadas de nove de
abril, discrepam de asserções anteriores de Rowhani, quando a três de abril o chefe do governo não
estabelecera em seu discurso prazos para a retirada das sanções.
Ainda há muitos escolhos a serem
vencidos. O fato de o GOP controlar agora o Senado
estadunidense não será o menor deles.
( Fontes: O Globo;
Folha de S. Paulo )
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