O PT parece que não está entendendo
bem o que implica a atual crise do Petrolão. Haja vista as
responsabilidades envolvidas, não faz nenhum sentido atribuir a secretaria da CPI da Petrobrás a representante
do PT. A opinião pública está interessada em um exame sério da questão,
e não as consuetas pizzas, à moda do defunto Orestes Quércia.
Tenhamos
presente a última CPI conjunta, em que a relatoria ficou com o petista Marco
Maia (PT/RS) e a presidência com o então Senador pela Paraíba Vital
do Rego Filho (PMDB), ambos da maioria dilmista. A vergonhosa pizza então produzida por
Maia, não indiciando ninguém mostrou o que se pode esperar de relatoria petista
(Maia depois voltou atrás).
Circulou
nesta semana discreto desmentido de uma suposta intenção anterior. Os leitores
dessa coluna se terão apercebido que o Governo Dilma resolveu voltar atrás de
um desejo de prolongar o horário de verão por mais um mês. Isso não teria
nada de mais, eis que consultoria ao interesse nacional com vistas a u’a maior
poupança de energia, sobretudo nesse verão em que a nossa autoridade já teve de
bater, com chapéu na mão, pedindo o reforço das centrais portenhas.
Não é
segredo tampouco para ninguém que países do Norte maravilha aplicam horários de
verão muito mais longos do que o nosso, porque não querem desperdiçar energia.
Outra peculiar característica é a fraqueza do governo federal, que se curva
aos caprichos dos governadores (sobretudo do Nordeste), isentando-os do horário. Quando Suas Excelências carecem de reforços
de corrente energética, não creio que se façam de rogados para receber o aporte
do Sul maravilha. Quero crer, portanto, que
com a exceção dos estados que estão na linha do Equador, os outros deveriam
participar sem exceção nesse esforço nacional de poupar energia.
Quanto a essa
súbita mudança de opinião do MME, não
será que d.Dilma está um pouco nervosa com a sua queda de popularidade, passando
a temer os efeitos da extensão do horário de verão, por mais benéfico que seja?
Depois de
fazer ouvidos de mercador às indicações ministeriais de Lula da Silva, com a
súbita mudança no tempo político – eleição de Eduardo Cunha para a presidência
da Câmara, queda nas pesquisas – não é
que, de
repente, Dilma voltou a prezar a
maior experiência no ramo do ex-presidente? Não há negar a atual incompetência de
sua assessoria – a par da própria – e, por isso, eis que ressurge na área
planaltina o fazedor de postes?
Com as mãos
abanando, a presidenta parte para de novo pedir os conselhos de seu criador,
diante da sua comprovada inabilidade política. Depois da casa arrombada, no
entanto, este auxílio não pode fazer milagres, embora sempre seja hora de
remendar erros passados... Nesse contexto, Chico Caruso de novo mostra o
caminho das pedras, com uma contrita Dilma no confessionário, ouvindo as sábias
recomendações de D. Lula, para ver se algo se salva das confusões criadas por
quem não é do ramo...
Por fim, uma
nota municipal. É uma vergonha – pedindo
emprestado o bordão de Boris Casoy – que o governo municipal do Rio de Janeiro, com o
Prefeito Eduardo Paes à frente, não
esteja nem aí para pôr um termo nesse escândalo carioca de os ônibus
continuarem sem ar condicionado, como o
se verão aqui não fosse o que é, oscilando entre 35 e 40°, sem levar em conta o aquecimento interno
desses coletivos. Ar condicionado no Rio de Janeiro não é firula, nem conforto de rico,
mas artigo de primeira necessidade para quem passa em tais caixões rodantes p’ra
mais de uma hora por viagem? É uma vergonha, como diria o
dito, que o Sr. Prefeito não determine que toda a frota de ônibus tenha ar
condicionado. No Rio Maravilha isto
não é luxo, mas conforto indispensável para aguentar as inclemências do clima!
( Fontes: O Globo; Folha de S. Paulo )
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