Barbosa pede demissão de Cardozo
Motivada pelos
encontros do Ministro da Justiça José
Eduardo Cardozo com advogados da
Odebrecht e outras empresas investigadas pela Lava-Jato, o ex-presidente do
Supremo Tribunal Federal, Joaquim
Barbosa defendeu em mensagem no Twitter a demissão de Cardozo.
Assim
fundamentou ele o direito e o dever de exigir que a presidente Dilma demita
imediatamente o ministro da Justiça: “Reflita: vc defende alguém num processo judicial. Ao invés de usar
argumentos/métodos jurídicos perante o juiz, vc vai recorrer à política?”
É de notar-se,
outrossim, que a despeito da assertiva
de Cardozo de que não agiu errado e de que todos os seus compromissos
são divulgados na internet, levantamento da Folha mostra que sua agenda não
informa quais foram suas atividades em 80 dos 217 dias de trabalho que ele teve
desde a deflagração da operação Lava-Jato, pela Policia Federal, em 17 de março
de 2014.
A guerra civil na
Síria, depois que a progressão da Liga Rebelde foi contida, e as posições do ditador al Assad mal ou bem
se consolidaram (com o apoio do Irã, da Rússia e do Hezbollah), reforçou-se uma
terceira via que é a do Exército Islâmico.
Embalado pelo
abandono a que foi relegada a frente contra Bashar, o E.I. pode ser considerado
uma metástese da al Qaida.
As chacinas e as
bárbaras execuções trazem a marca registrada do islamismo radical.
As reações dos países
indiretamente atingidos – o E.I. tem posições avançadas no Iraque (Mussul), na Líbia e na conflagrada Síria –
mais se assemelham a estertores do que a planejada e coerente ação militar.
Os embuçados militantes do E.I. se
especializam em trucidar infelizes indefesos, quando não infernizam a vida de
residentes em aglomerações urbanas por eles dominadas (como no Iraque).
Uma
intolerância aguda, medieval, motiva o assassínio bestial de todo ser humano
que professe outra religião. Os exemplos abundam: britânicos, japoneses,
yazidis, egípcios (coptas), jordanianos.
A influência
do extremismo muçulmano também mostra a digital no massacre do Charlie Hebdo e
no recente intento de castigar cartunista
dinamarquês.
Tampouco a ‘resposta’
do Ocidente me parece satisfatória. O que Papa Francisco disse, apesar de quase
abafado por declarações peremptórias de grandes líderes ocidentais que, se
porventura espremidas, nada produzem de concreto, faz pensar se a liberdade de
expressão deva ser confundida com a liberdade de escarnecer.
Acaso os
desenhistas estão cientes de que o Profeta preferia os gatos aos cachorros? E
que os cães – a que tanto apreciamos – constituem por vezes – e não só para os
muçulmanos – matéria para ofensas pesadas? Tudo isso somado, o fato de desenhar
o Profeta como um cão não seria um agravo para muitos despropositado? Nada justifica, é verdade, o recurso ao
homicídio, mas se deve ter presente que se lida aí com matéria delicada,
suscetível de provocar reações violentas, sobretudo de gente que não vive em
meios culturais com tradição de tolerância e de respeito à diversidade? Mas
será que pensando bem esse respeito à diversidade poderia ser um elemento de
juízo, posto que nunca máscara para a censura ?
( Fontes: O Globo, Folha de S. Paulo _
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