Nona Fase da Lava-Jato
A Polícia
Federal deflagrou ontem a nona fase da Lava-Jato.
A ação se fundamenta no depoimento do delator-premiado Pedro Barusco, ex-gerente executivo da Petrobrás e braço direito do
ex-Diretor de Serviços, Renato Duque (preso pelo juiz Sergio Moro, foi o único indigitado que
logrou obter habeas corpus, dado pelo
ministro do Supremo Teori Zavascki).
Barusco, em
sua delação, detalhou a corrupção na companhia e afirmou que o Partido dos
Trabalhadores recebeu, de 2003 a 2013, de US$ 150 milhões a US$ 200 milhões de
propina.
Por isso, a
P.F. fez uma visita à casa do Tesoureiro do PT, João Vaccari Neto. Ele é acusado de receber diretamente US$ 50
milhões, e por isso foi levado para depor na Polícia Federal. Ele reputa legais
as doações recebidas.
A recepção
de Vaccari aos agentes da PF não foi muito amistosa, eis que se negou em abrir
a porta. Para adentrar o domicílio os policiais tiveram que pular o muro.
Barusco, para azar dos corruptos, é
metódico. A planilha que apresentou traça o mapa da corrupção com percentuais
pagos sobre 87 contratos, e as diretorias envolvidas, inclusive a de Gás e
Energia, então ocupada por Maria das Graças Foster (hoje presidente
demissionária).
Contou ele
ainda que levava quinzenalmente R$ 50 mil a Renato Duque (o qual nega).
Para o P.T.
todas essas doações foram legais... Assinale-se que o apelido de Duque – My Way
– foi utilizado para a operação.
Pobre Petrobrás
Transpirou na internet que Dilma Rousseff indicou como presidente da Petrobrás Aldemir Bendine. Para evitar as previsíveis reações no pregão, o nome só será divulgado oficialmente quando as operações da Bolsa forem encerradas para o fim de semana.
Dado o seu
histórico no Banco do Brasil, Bendine – se confirmada a dílmica indicação – não
é exatamente o grande nome que o mercado esperava.
Pezão e Tião Viana no STJ
Os nomes dos governadores Luiz Fernando Pezão (PMDB) e Tião Viana(PT/AC) chegaram ao Superior Tribunal de Justiça, consoante petição do Ministério Público como citados na Operação Lava-Jato.
Em nota, o
Governador Pezão refutou ligação com a Lava-Jato, afirmando estar à disposição
das autoridades para esclarecimentos. Por sua vez, a assessoria de Tião Viana
asseverou que ele nunca teve contato com o ex-diretor da Petrobrás Paulo
Roberto Costa. Viana acionou na Justiça o ex-diretor e os veículos de comunicação que fizeram “tal
ilação mentirosa”.
O que fazer da nova Capitalização do BNDES?
Trata-se da MP 663, que entre outras disposições, prevê nova
capitalização do BNDES. O montante autorizado
pela Medida Provisória é R$ 50 bilhões.
Além do pedido de explicações, o autor da iniciativa parlamentar Senador
José Serra (PSDB/SP) apresentou emenda ao texto da MP exigindo transparência
nos dados sobre as operações entre a União e o BNDES.
De
forma apropriada, a divulgação de informações sobre as chamadas capitalizações
tem sido uma cobrança constante da oposição, e em especial do PSDB.
Eduardo Cunha se reuniu a pedido da Presidenta com a
própria no Planalto. Participaram da
reunião, além do Presidente do Senado, Renan Calheiros, o vice-presidente
Michel Temer, os ministros da Casa Civil, Aloizio Mercadante, e de Relações
Institucionais, Pepe Vargas.
Na foto, o Ministro
Mercadante ora sorridente, enquanto
estava carrancudo na visita a Cunha, quando da apresentação da formal Mensagem
do Executivo ao Congresso. No
instantâneo, desta feita, quem menos sorri semelha ser Cunha.
A
conversa, segundo foi informado, foi de temas gerais, inclusive relação do
governo com o Congresso, e terão pregado a harmonia entre Executivo e
Legislativo.
Talvez
mais tarde o recheio desse diálogo possa ser mais precisado.
Segundo o ex-gerente Pedro Barusco os desvios (que alimentaram as
propinas) ocorreram de 2003 a 2011, assim do início do governo de Lula da Silva
ao início do governo Dilma.
O
protagonista desse enredo é o tesoureiro do PT, João Vaccari. O dito tesoureiro nega tudo, “mas o que ele
diz não condiz com o que faz.”
Poucas horas antes, agentes da PF haviam tocado sua campaínha na zona
sul de São Paulo. Embora os visitantes tivessem em mão um mandado judicial, o
petista se recusou a abrir a porta. Os policiais tiveram que pular o muro da
casa para conduzi-lo à força até a delegacia.
Na nota em que se refere ao depoimento prestado à PF Vaccari afirma que “há
muito ansiava pela oportunidade de prestar os esclarecimentos que nesta data
foram apresentados à Polícia Federal”.
( Fontes: O
Globo; Folha de S. Paulo)
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