Carnaval carioca
Na rua Uruguaiana (centro do Rio de
Janeiro),na tarde de terça-feira gorda, o turista alemão Fred Nicfind, de 51 anos,
foi esfaqueado em tentativa de assalto. Recolhido ao hospital Souza Aguiar, não
resistiu aos ferimentos, e morreu na mesa de operação.
Sua
esposa, Sybelle Jurth também agredida
à faca, após medicada no mesmo hospital,
pôde ser liberada.
Em
entrevista, a esposa Maria Rawi (69)
contou ao repórter que seu marido, Ronald François Wolbeek trabalhava no barco
há 25 anos. Com o seu veleiro faziam turismo: visitaram Jacarta, Quênia, Cabo
Verde, Marrocos, Natal até chegarem às praias de São Luís, no Maranhão. Dentre os seus planos, pretendiam velejar
para o Amazonas, Guiana Francesa e, por fim, Suriname.
Sozinha
agora no Maranhão, Maria confessa a sua
raiva pela morte do esposo, abatido dentro do veleiro com um tiro de revólver,
na madrugada do dia quinze. O casal dormia, quando foi desperto por alarme no
barco. Ronald foi verificar o que acontecia e deu com três bandidos armados. Em
consequência, foi abatido com tiro no peito por um dos piratas.
Em
verdade, a polícia maranhense reconhece que há uma pirataria nessa baía, Os
bandidos se servem de canoas, e até agora os roubos tinham sido de pertences e
dinheiro das vítimas. Ainda segundo os policiais, esta foi a primeira vez em
que alguém foi morto.
A cólera que a esposa Maria sente não é só pelo
ocorrido com o companheiro Ronald François Wolbeek (60), mas é também pela atitude das autoridades brasileiras, a
quem pede mais atenção com os turistas visitantes.
Segundo
transpirou das ditas autoridades, o motivo da ocorrência se prende ao fato de
que ... o holandês ancorou o barco na baía de S. Marcos, que fica perto de uma favela.
O Juiz Moro denuncia ‘Interferência’.
Sérgio Moro, o juiz da 13ª Vara Federal de Curitiba, Sérgio
Moro, classificou de ‘intolerável’ o
fato de advogados das empreiteiras investigadas na Operação Lava-Jato terem se
reunido com o Ministro da Justiça, em Brasília.
O Juiz Moro considerou a postura uma tentativa
de “obter interferência política” no processo judicial. No mesmo despacho, Moro negou habeas corpus para quatro
executivos das empreiteiras – três da
Camargo Corrêa e um da UTC – que estão presos desde novembro último.
Segundo o
juiz Sérgio Moro, a decisão de mantê-los na cadeia é para “preservar a
integridade da Justiça contra a interferência do poder econômico”.
No
despacho em tela, o juiz Moro criticou a postura dos advogados: “ Intolerável,
porém, que emissários dos dirigentes
presos e das empreiteiras pretendam discutir o processo judicial e as decisões
judiciais com autoridades políticas, em total desvirtuamento do devido processo
legal e com risco à integridade da Justiça e à aplicação da lei penal.”
Embora o juiz tenha endossado as críticas do
Ministro Joaquim Barbosa, ex-Presidente do STF, evitou criticar diretamente o
Ministro José Eduardo Cardozo. Sem embargo, ele ressaltou que a investigação
não cabe ao Ministro da Justiça, mas sim à Polícia Federal, mesmo que a PF seja
subordinada à Pasta: “Não socorre os acusados e as empreiteiras o fato de a
autoridade política em questão ser o ministro da Justiça. Apesar de a Polícia
Federal, órgão responsável pela investigação, estar vinculada ao ministério, o
ministro da Justiça não é o responsável pelas ações de investigações.”
( Fontes: O
Globo, Folha de S. Paulo ).
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