Papa Francisco
continua com sua meritória obra de elevar aos altares os grandes pastores de
Santa Madre Igreja. Desta feita, é a vez de D. Oscar Romero.
Em cerimônia
no Vaticano, o Santo Padre formalmente ratificou o martírio de Oscar Romero. Em
ato de ódio pela fé, o Arcebispo de El Salvador fora abatido quando celebrava a
santa missa no altar da catedral.
Por motivos
políticos, apesar do apostolado de Oscar Romero e sua devoção à fé de Cristo,
os dois pontificados de Papa Wojtyla e Papa Ratzinger não levaram adiante a
causa de Romero. Tal se devera às ligações do arcebispo Romero com a teologia
da libertação, combatida acerrimamente por João Paulo II.
Durante a
sangrenta guerra civil em El Salvador, o prelado mostrou coragem ímpar no seu
esforço em salvar vidas. Por isso, sem temer a irritação dos militares, ele
incitara a gente da farda a desobedecer ordens e não matar oponentes
políticos.
No governo do
Presidente Jimmy Carter, e na sua política de defesa dos direitos humanos, D.
Romero escreveu carta para o presidente estadunidense, com o instante pedido
que cortasse a ajuda militar a El
Salvador.
Tanto denodo
na defesa dos direitos de seus fiéis e da população salvadorenha levaria a que
os carrascos das forças direitistas ligadas ao major Robert D’Aubuisson
cometessem o ato nefando e sacrílego de fuzilá-lo no altar.
A causa de
beatificação de Dom Romero, malgrado a sua morte oficiando a sagrada missa, e a
serena coragem demonstrada como bom pastor de ameaçado rebanho, não progredira
pela motivação acima citada.
Mais uma vez,
Papa Francisco mostra a própria determinação. Com espirito joanino, o Santo
Padre desbloqueou a causa ainda em 2013, tão logo acedera à Sé Pontifícia.
Não tardará
muito e teremos mais um grande santo na América Latina. E um, cujo espírito
ecumênico se manifesta também através da fé luterana – o consideram santo e o
festejam no aniversário da morte, 24 de março de 1980 – e anglicana que o
cultuam como mártir da fé.
( Fonte:
The New York Times )
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