quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

Rescaldo da Crise

                                             

TCU bloqueia bens de dez ex-diretores

 
         Por responsabilidade a conta de prejuízo de US$ 792,3 milhões na compra da refinaria de Pasadena, no Texas, o Tribunal de Contas da União bloqueou ontem os bens de 10 ex-diretores da Petrobrás,

         Há exceções, no entanto, do TCU: Graça Foster, a presidente da Petrobrás, apesar de citada no processo como uma dos responsáveis por fatia de US$ 92,3 milhões, foi excluída do bloqueio por cinco votos a três a favor de não bloquear os bens da ex-presidente.

         Por outro lado, o plenário do TCU rejeitou mais uma vez pôr em votação a responsabilidade do Conselho de Administração da Petrobrás. Não por acaso, o Conselho era presidido pela então Ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, que votou a favor da compra. Nesse caso, cumpre lembrar o despacho por escrito da Presidenta, em resposta à consulta de um repórter. Nessa ocasião, Dilma apostrofou o relator do processo, por haver preparado um parecer com informação incompleta sobre o conteúdo da aquisição.

         Os dez ex-diretores com os bens bloqueados são:  José Sergio Gabrielli, ex-presidente; Paulo Roberto Costa, ex-diretor de Abastecimento e delator do esquema; Renato Duque, ex-diretor de Serviços;   Nestor Cerveró, ex-diretor internacional; Guilherme Estrella, ex-diretor de Exploração e Produção; Ildo Sauer, ex-diretor de Gás e Energia; Almir Barbassa, ex-diretor de Finanças; Luís C. Moreira, ex-gerente internacional; Gustavo Tardin Barbosa, ex-chefe financeiro da Petrobrás America; Alberto da Fonseca Guimarães, ex-presidente da Petrobrás America.
 

Alta do Dólar complica Petrobrás

 
         A recente valorização do dólar estadunidense, que se deve em parte ao crescimento da economia americana, assim como ao menor número de desempregados, é também condicionada, no que tange à desvalorização do real, à crise na Petrobrás.

         Como assinala a Folha, essa valorização (4º dia consecutivo) atingiu ontem R$ 2,879, o que é o maior valor do dólar desde outubro de 2004.

        Assinale-se que a valorização do dólar contribui para deteriorar ainda mais as contas da Petróleo Brasileiro S.A., ao reduzir o caixa, encarecer importações e investimentos. É de frisar-se que 70% da dívida da Petrobrás está em dólares.

        Por outro lado, 75% de suas despesas estão em dólares, mas apenas 25% das receitas são obtidas em moeda forte.

 
Explosão de  Plataforma de Petróleo no ES

 

         Na costa do Espírito Santo, explodiu a casa de bombas de um navio-plataforma da Petrobrás. Cinco pessoas morreram, havendo quatro desaparecidos e dez feridos.

         De acordo com o sindicato dos petroleiros, um vazamento de gás causou o sinistro. 

         A Agência Nacional de Petróleo comandará as investigações sobre o caso, enquanto a Marinha abrirá o inquérito para esclarecer causas e responsabilidades.

 

Ajuste Fiscal em Perigo

 
           O Congresso apresentou muitas emendas (435) à M.P. que muda as regras das pensões e do auxílio-doença. Como Miriam Leitão em sua crônica de ontem detalhou, o Brasil é o único país que concede pensões vitalícias a pessoas jovens, que em outros ganham pensões temporárias.

            A intenção do Governo, segundo integrantes da equipe envolvidos na negociação,  é a de abordar as mudanças em blocos, discutindo ao mesmo tempo as novas regras do seguro-desemprego, do abono salarial e de pensões.

            Nesse contexto, as centrais sindicais receberam documento segundo o qual 87% das pensões continuarão a ser vitalícias no país. Assim, consoante a proposta viúvos com idade superior a 44 anos continuarão recebendo o benefício até a morte. Abaixo dessa cidade, a duração do benefício dependerá da idade de quem venha a ser beneficiado. Assim, se estiver abaixo de 21 anos, a duração da pensão será de três anos. As alterações nas pensões não atingirão os atuais pensionistas.

 

Corte de Cassação anula sentença favorável a Pizzolato

 
              Após receber informação mais precisa sobre o Complexo Penitenciário da Papuda, que atesta as boas condições da cadeia federal na qual Henrique Pizzolato deverá  cumprir  a pena para a qual foi condenado pelo Supremo, a Corte de Cassação italiana ab-rogou a sentença anterior da Corte de Modena, e deu ganho de causa ao Brasil.

               Pizzolato já se entregou à Justiça. Regressando ao Brasil, deverá repor 5,5 milhões de reais ao Banco do Brasil.

               No entanto, se não há mais empecilho à extradição, o governo italiano disporá de 45 dias para decidir se autoriza ou não a transferência de Pizzolato – que tem dupla nacionalidade – para o Brasil.



( Fontes:  Folha de S. Paulo; O Globo – inclusite o site)

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