sábado, 9 de agosto de 2014

Vária (III)

                                        

Avanço do  ISIS

         O grupo fundamentalista do ISIS anuncia o controle de quinze cidades no norte do Iraque. Dado o avanço militar dessa seita, diante do desorganizado exército de Nuri al-Maliki – que ao perseguir os sunitas criou as condições para o faccionalismo – o presidente Barack Obama se viu forçado a autorizar ataques aéreos  contra a coluna. Além dos caças, participarão igualmente os chamados drones (pequenos aviões teleguiados) dessa operação.

         Obama, no entanto, fez questão de assegurar que a infantaria do exército estadunidense não mais voltaria a ser empregada no Iraque. A conferir.

 

Juiz solta ativistas

 
          O juiz Marcelo Matias Pereira reviu decisão anterior, e decidiu autorizar a liberação dos ativistas  Fábio Hideki Harano e Rafael Marcos Lusvarghi – que haviam sido presos a 23 de junho em ato contra a Copa do Mundo em São Paulo.
          O magistrado, que antes recusara o pedido de liberdade para os réus em apreço, uma vez divulgados os laudos oficiais – que revelaram não serem explosivos os objetos apreendidos pela polícia e que estavam no poder desses ativistas – concluiu que a acusação ficara fragilizada, ao se evidenciar que os manifestantes “não portavam qualquer artefato explosivo”.

 

Crivella  x  Garotinho         

              Enquanto Pezão (Luiz Fernando Pezão),  o governador em exercício  defende o programa introduzido pelo Secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro,  José Mariano Beltrame das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs),  os dois candidatos dianteiros nas pesquisas (Garotinho e Crivella) se digladiam no combate eleitoral, a propósito desta relevante política de interesse de todo o povo do Rio.

              A discórdia se centra no programa de pacificação das favelas. O Senador Marcelo Crivella (PRB), evangélico, é favorável à proposta do ex-governador Sérgio Cabral, implantada pelo Secretário de Segurança Beltrame.  Nesse sentido, Crivella responsabiliza o também evangélico Deputado Anthony Garotinho (PR) pelas suas restrições ao programa das UPPs. 

              Como Garotinho vem liderando as pesquisas – Crivella está em segundo – a posição do ex-governador não é questão de somenos importância.  Nesse contexto, Crivella atacou Garotinho, em sabatina da Folha, ao afiançar  que as propostas do rival dão esperanças a criminosos.

              O candidato do PRB defende o uso do Exército para ampliar as UPPs.

               Por outro lado, deve-se notar que também o candidato do PT, o Senador Lindberg  Farias fez reservas ao programa das UPPs.

 

Graça Foster ameaçada ?

 
                A posição do Partido dos Trabalhadores – e da Presidente Dilma Rousseff – no que tange à Petróleo Brasileiro S.A. (Petrobrás) desperta espécie.  Se Dilma e o PT são tão amigos assim desta empresa – cuja criação se deve ao Presidente Getúlio Vargas, no seu último mandato – cabe a pergunta por que a deixaram em  penosa situação, com enorme dívida, cousa que não fez  FHC, malgrado o seu alegado neoliberalismo.

                Agora a amiga de Dilma, Graça Foster, está ameaçada de perder o lugar, se o TCU (Tribunal de Contas da União) decretar um eventual bloqueio de seus bens, o que no entender do Advogado-Geral da União, Luís Inácio Adams – que percorreu os gabinetes dos Ministros do TCU na tentativa de blindar Graça – ‘inviabilizaria a gestão dela porque tiraria sua legitimidade’.

                 Talvez não seja difícil prever como esse processo vai terminar, dadas as características próprias dos órgãos envolvidos. No entanto, por conta do advogado-geral da União, há uma pluralidade de gestos até hoje inéditos: “por primeira vez na história, o advogado-geral da União fez a sustentação oral num processo do TCU”.  Por outro lado,  “o Ministro José Jorge leu o voto preparado, em que defendeu a necessidade de citação de Graça por um prejuízo de US$ 92.3 milhões no processo de compra da refinaria, com a consequente indisponibilidade dos bens. O relator, porém, retirou o processo da pauta, para “nova análise a partir dos argumentos trazidos pelo advogado-geral da União, como disse em plenário. (...) Integrantes do TCU apontam que é muito raro um relator ler seu voto e retirar os autos da votação, o que afrontaria até mesmo o regimento interno  do tribunal. Luís Adams já admitiu que visitou os gabinetes dos ministros do TCU, mas não considera que tenha feito pressão indevida na corte.”

 

 

( Fontes:  O Globo,  Folha de S. Paulo )    

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