segunda-feira, 4 de agosto de 2014

PIF PAF (VI)

                                                

            Outra Escola Atingida

 
            Nesta guerra entre Israel e o Hamas, novo ataque aéreo contra escola das Nações Unidas provoca a morte de dez civis palestinos, dentre os quais número impreciso de crianças.
            O Secretário-Geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon considerou o bombardeio “um ultraje moral e um ato criminoso”. Por sua vez, os Estados Unidos qualificou de “vergonhoso” esse ato, o terceiro contra instituição de ensino da ONU em onze dias.

            É prática do Hamas e também da Jihad Islâmica  servir-se de virtuais escudos humanos, de culto (igrejas e mesquitas) ou civis (escolas e até hospitais) para tentar escapar dos ataques aéreos e da artilharia israelense.
            Como se há de verificar, portanto, neste jogo de gato e rato, no enorme cortiço que é Gaza, as condenações podem ser relativizadas com muita, talvez demasiada, facilidade.

            E é aí que mora o perigo. 

 

            UPPs  pra que  servem ?

 
            Há vários interrogações sobre o programa das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs)  lançado com a primeira UPP, a da Favela Dona Marta, e hoje bastante desenvolvido, por mérito sobretudo do Secretário de Segurança Pública, José Mariano Beltrame.

            Talvez a maior interrogação não esteja na retirada do Exército, e na entrega para a Polícia Militar, nas ocupações nas Favelas, sobretudo as maiores e com mais resistência da criminalidade, como é o caso do Complexo do Alemão, cujo reingresso sob o domínio da autoridade governamental e não mais do Tráfico, foi saudado com muito, quiçá excessivo otimismo, em 2010.

             O candidato Pezão, a quem Sérgio Cabral passou o governo do Estado, não decola nas pesquisas (está em terceiro lugar). Em primeiro lugar, por ora, se encontra o ex-governador Garotinho, cuja gestão anterior, começou com boas expectativas, e a participação na Secretaria de Segurança de Luiz Eduardo Soares e seu grupo.  Depois, a coisa deu chabu.

           Salvo erro ou omissão, não há declarações dos demais candidatos – excetuado o governador Pezão – quanto ao seu comprometimento com o atual programa das UPPs.  O único que, a meu conhecimento, se manifestou a respeito, foi o Senador Lindbergh (PT), e  para expressar reparos e restrições.

          O programa das UPPs não é perfeito, mas semelha incomparavelmente melhor ao que antes havia, i.e., na prática, nada. 

             Seria interessante que os demais candidatos, com Garotinho e Marcelo Crivella à frente, fornecessem a sua posição a respeito. No capítulo, um eventual compromisso quanto à permanência do Secretário Beltrame, com carta branca, seria uma mão na roda para o apoio da opinião pública.

                 
              Fraude na CPI da Petrobrás

 
             Desse Congresso das quartas-feiras, até este é  fato novo, em terreno antes não palmilhado. Já é um escândalo que a CPI seja adulterada de forma a que a oposição nela não tenha qualquer vez.  As chamadas CPIs chapa-branca, aquelas que terminam em pizza, o finado Orestes Quercia  já nos mostrara a “serventia”...

            Sem embargo, o processo de transformação do PT continua a pleno vapor. Qualquer semelhança com aquele partido aguerrido, ético, e mesmo intransigente nos respectivos princípios, se alguém viu por aí nos últimos tempos, rogo-lhe o obséquio de  informar o paradeiro.

           Depois da aliança com Paulo Salim Maluf para eleger o ‘poste’ Fernando Haddad, desafia a expectativa a fraude na CPI da Petrobrás, denunciada pela revista VEJA no seu último número.

           É confrangedor que Graça Foster e Sérgio Gabrielli se tenham prestado – segundo a denúncia de VEJA – a tal procedimento.

           Estará a cargo do presidente da atual CPI chapa branca,  Senador Vital do Rego (PMDB-PB), a abertura dos procedimentos para apurar se a presidente  da Petrobrás, Graça Foster, o ex-Presidente Gabrielli e o ex-diretor Nestor Cerveró – e outros - tiveram acesso prévio a esta lição encomendada...

           A oposição quer levar o caso aos Conselhos de Ética da Presidência e do Senado. Terá votos para tanto?

            Por sua vez, Vital do Rego, em nota, destacou a importância da Comissão e disse que qualquer favorecimento que reduza o poder de investigação prejudica os trabalhos.

            Por outro lado, o Deputado Marco Maia (PT-RS) afirmou que defende a investigação das denúncias,  mas não quer que problemas da CPI do Senado contaminem a mista: “Isso não tem nada a ver com a CPI Mista. Não é o momento de politizarmos    o trabalho sério da CPI mista”.

           Quem deseja apostar que vão encontrar algum coelho nesta macega?

 

(Fontes:  Folha de S. Paulo, O Globo,  VEJA)

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