Brasil lucra com briga alheia
Por força das
sanções aplicadas por Estados Unidos e União Europeia à Rússia, o Brasil deverá aumentar as suas exportações,
notadamente de carnes (frangos).
Após o
anúncio das sanções, o governo russo alargou o número de frigoríficos
brasileiros autorizados a exportar para a Rússia, de trinta para cerca de
oitenta. Em termos de frangos, as vendas anuais do Brasil saltarão de sessenta mil toneladas para duzentos e dez mil. Em 2013, exportamos US$ 137 milhões para a Rússia, e agora se aditaria volume suplementar – se confirmado – de mais US$ 300 milhões às nossas exportações.
Mudar por mudar?
A colunista
Eliane Cantanhêde, da segunda página da Folha, a propósito de artigo de
Maurício Puls, volta a bater na tecla de que Dilma pode ser ruim, e até muito
ruim. No entanto, para ela, a despeito das avaliações negativas, vale e vale
muito a circunstância de que é um fator conhecido.
Não me
convenceu a argumentação de eleitora com nível médio de escolaridade e
relativamente baixo de renda. A sua melhor avaliação, ou anti-avaliação é uma receita para a mesmice e
a inoperância. O eleitorado precisa ser motivado e mais do que isso sacudido
pelos argumentos da oposição.
Se passeatas
de jovens, em junho de 2013, foram capazes de comunicar-se com as ruas e
bairros de todos esses brasis, trazendo de volta valores que se pensava
esquecidos ou até escarnecidos, ninguém pode desdenhar à priori do grito das
ruas que é essencialmente a mensagem de um povo que procura.
E, minha
gente, quem procura, acaba encontrando, como se viu em junho, e poderá ver-se nesses
meses que faltam para o três de outubro.
Qual o significado
de não admitir a extensão da trégua ? Não é só demagogia, mas sim um vocação
para a destruição das residências e dos cortiços que constituem a imagem de
Gaza.
De que
adianta expressar a disposição de continuar a lançar os seus foguetes, a
despeito de antiquados e com muito baixa possibilidade de superar a barreira
tecnológica montada por Israel, com o apoio dos Estados Unidos?
Tornar a
povoação civil de Gaza refém das péssimas condições sanitárias e habitacionais,
que se estendem a perder de vista, cortesia dos bombardeios israelenses, que os
fanáticos profissionais do Hamas se empenham em provocar, e de forma incessante?
Entre
dois inimigos, um armado até os dentes e dispondo de mirífica e quase sempre
letal capacidade, e outro com o zelo e a
intransigência alimentados por outras fontes, igualmente implacável na sua
determinação de levar tudo à breca, mesmo infantes e crianças, o que dizer dos
lancinantes apelos de autoridades internacionais e nacionais, que atingem os
mais altos decibéis durante os conflitos, para depois recolherem-se aos salões
de diplomacia que brande resoluções e
recomendações, diante da penúria e dos destroços das habitações em ruina, onde
no monturo dos bombardeios e na visão cotidiana da miséria e da desesperança
existe e se eleva condenação que grita
tão alto nos seus estragos absurdos e sem qualquer outro propósito que clamar a
estupidez do fanatismo.
Para
eles todos, que tanto mal causam e nenhum bem, a única imagem seria a dos
celerados da Guerra Civil Espanhola, que bradavam a plenos pulmões Viva la
Muerte!
Pois
será o mesmo que viver em Gaza, por especial cortesia do Governo israelense e
dos líderes do Hamas !
( Fontes: Folha de S.
Paulo, O
Globo, CNN )
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