sábado, 28 de março de 2020

Papa Francesco


                      

       Nessa época marcada por falsos profetas e por  tantas expressões da pouca Fé e do  Mal, não será decerto por vez primeira, que  Papa Francesco nos mostra quão importante,  significativa e, sobretudo, espiritualmente enriquecedora possa ser a presença do emissário do Filho de Nosso Senhor entre nós. Que não se enganem opositores e eventuais detratores com a sua suposta fragilidade. Pois se o vento pode soprar forte e avassalador na aparência,  o Santo Padre não o teme. Ainda que curvado, a despeito das intempéries,  Sua Santidade avança  com os passos firmes de uma fé que remove montanhas. Em verdade, na sua alva simplicidade, ele é o Bom Pastor, e leva nas mãos, carregando a mensagem da sucessão apostólica. O cajado do Senhor, ele o conduz na sua perene missão de Bom Pastor, com a firmeza da Fé. Vê-lo aparecer na imensa solidão da magnífica Praça que a Fé e divina inspiração criaram no traço inspirado do genial artista de uma época decerto feliz na conjunção de mentes privilegiadas e de pristinos momentos na expressão da Fé e da Devoção a Nosso Senhor Jesus Cristo.  Vê-la hoje despojada de fiéis, se assistidos pela firmeza na Devoção, mostra na verdade mais um momento inesquecível da Presença de Nosso Senhor Jesus Cristo. A Praça de São Pedro não deixa, por seu desenho e imanente grandeza, por um só instante, de nos levar à presença do Príncipe dos Apóstolos, a que por Graça de Nosso Senhor Jesus Cristo, é o Papa  Francisco a mostrar para todos nós, ele que, como o Bom Pastor,  porta o bordão do Senhor, e por nós, que o seguimos, de longe e de perto, e dele, como sempre, esperamos a Boa Nova.

        É decerto difícil a hora que atravessamos. Mas se Jesus Cristo é nosso Pastor, o seu representante na Terra, é Papa Francisco, e pela sua mensagem apostólica, em que se dão as mãos a Fé e a Firmeza, não nos esqueçamos de que será através dele que revisitaremos tempos melhores, guiado que Sua Santidade é pela Fé, a Esperança e a Caridade. Ele, que porta o cajado do Senhor, é o nosso Pastor, em verdade o Bom Pastor, que confronta tempos como o presente levando nas próprias mãos como único estandarte a Fé que não só mostra o caminho da Salvação, e de que é sinal, tão firme quanto inesquecível, que Ela conduzirá pelos bons caminhos da Salvação, seja presente, seja divina, enquanto o Povo de Deus espalhado por esse mundo, vasto mundo, atende, em oração contrita e esperançosa, que a Palavra do Senhor volte a ser ouvida com o cavo bimbalhar dos sinos da Basílica,   Ele o leva   pois quem tem o cajado do Senhor é o Bom Pastor, emissário de Cristo Nosso Senhor entre nós. Vê-lo hoje atravessar, em lentas mas seguras passadas, nas sandálias do Pescador, se a sua presença nos propor-ciona e assegura a visão gratífica de quem vem à Praça Santa como  Sucessor do Príncipe dos Apóstolos, nesse momento de provação e de sofrimento em tantos leitos de hospital,  e da tão abençoada e perene presença de quem por primeiro cumpriu o voto de Nosso Senhor, o aparente desnudamento do largo, na verdade gigantesco logradouro nos dramatiza, como que descerrássemos de um admirável, quase  gargantuesco  espaço uma nova e redescoberta visão 
daquela santificada  Praça, que de súbito se vê realçada  pelas sandálias do Pescador a revisitá-la como se fora em novo cenário, de um Sumo Pontífice a trazer a súplica diante de Nosso Senhor como que em visão da muda eloquência do mármore e das pedras revisitadas, desta feita na expressão de um preito que a solidão de Papa Francesco  como que vinca com sua dramática presença, trazendo à imaginação milhares de fiéis ao elevarem, da aparente frieza das marmóreas lajes, a sua prece, que no enorme e rasgado espaço da Praça vazia se abre como num multitudinário abraço que só Sua Santidade pode imaginar e, mesmo, sentir, como se ressoassem  naquelas pedras santas, no insondável silêncio da noite as  muita vezes  que as sandálias do Pescador terão percorrido a sua Praça em visão gratificante para milhares de fiéis católicos, que o viram caminhar por aquele logradouro santo. No espaço vazio, que as colunatas abraçam, e a arte de Michelangelo sobrevoa, mais do que se rasga, na verdade se abrem súplicas incontáveis que o estranho e deserto espaço da grande basílica, o fundo silêncio prenhe de fé e de muitas, em verdade, incontáveis súplicas, que a silente, quase solitária multidão, murmura, enquanto guarda no coração,  como se o silêncio da Noite fosse o regaço para onde acorrem, nos ermos, vazios espaços da grande Praça.

         Na verdade, o bom Papa Francesco, como se fora um cura de aldeia, abriu as portas do santuário, nessa hora difícil em que metrópoles se transformam em aldeias, que o cruel, solerte capricho da Peste invade e desfigura. É antiga imagem, que o passar do tempo não desfigura.  Nas confusões do presente, na incapacidade de alguns governantes em responderem de forma congruente e incisiva a este raio que para muitos caíu de um firmamento sem nuvens, como reagir a tal desafio hobbesiano [i]?

            Há vários caminhos para enfrentar esse desafio. Para tanto, o Estado deve oferecer a solução, através da vacinação contra a Covid-19, e a colaboração para o emprego da quarentena, sempre que possível. O controle da pandemia é o caminho da prudência. Não há fórmulas mágicas para o controle do contágio. A segregação médica é o caminho mais inteligente, sempre que possível.
            Em tempo de epidemia,  as escolas devem ficar fechadas. Tampouco se deve privilegiar atividades esportivas, como fez a Itália e, em especial, a Lombardia, com resultados desastrosos. Nesse contexto, as precauções chinesas lograram diminuir o número de mortes.

( Fontes: O Estado de S. Paulo; Folha de S. Paulo )


[i] Thomas Hobbes, Filósofo inglês  (1588-1679)

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