O colunista conservador
Merval Pereira expressa, na sua
coluna hodierna, o próprio desalento de ter na Presidência da República,
sobretudo em momento de grave crise como no presente, pessoa que seja capaz de
dizer essa frase em público: "Alguns vão morrer? Vão morrer, ué, lamento.
Essa é a vida, é a realidade ".
Com certa flexibilidade ética, Merval
confessa que "há certas coisas que
se pode pensar, mas nosso superego impede que digamos em voz alta devido a um
processo civilizatório a que somos submetidos socialmente (V. Freud). "Mas Bolsonaro, como já ficou provado em outras
ocasiões, não tem superego".
M. Pereira alude à possibilidade de
que Bolsonaro se venha a valer do
exemplo de Milão, que tentou minimizar os efeitos da pandemia e acabou se tornando o epicentro de uma tragédia
humanitária Nesse contexto,de nada
servirá que ele dentro de um mês se desculpe, como fez o prefeito de Milão que,
ontem, diante da catástrofe que se abateu sobre seus concidadãos, admitiu publicamente
que desprezara os perigos da Covid-19.
Algo deve estar muito errado para
quem tem dentro do Palácio do Planalto o chamado "gabinete do ódio", que opera nas sombras para disseminar
boatos e fake news (notícias falsas).
O articulista se preocupa, ao cabo
em "qual é o limite que o hoje presidente brasileiro pode ir até que seja
bloqueado pelas armas da democracia".
Quando esse tipo de pergunta é
colocado, se tem a impressão de que as coisas vão muito mal em Pindorama...
(
Fonte: O Globo )
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